Vera Fischer: ‘Tem quem perca a vontade de fazer sexo. Não é o meu caso’
Com peça em cartaz e prestes a estrear um filme ao lado de Cleo Pires, atriz diz que, aos 70 anos, segue com a libido e a animação inabaladas
O quadril anda doendo um pouco e os joelhos precisam de fisioterapia. E daí? “Envelhecer é um saco, mas eu quero mais é curtir a vida”, anuncia a sempre esfuziante Vera Fischer, 70 anos intensamente desfrutados. “Tem gente que com a idade perde a vontade de fazer sexo. Eu te garanto que esse não é o meu caso”, dispara. Com peça em cartaz e prestes a estrear o filme Me Tira da Mira, ao lado de Cleo Pires, a atriz diz ter superado totalmente o “baque” da demissão da Globo, em 2020. Ela concedeu a seguinte entrevista a VEJA:
Sua vida pessoal foi muito exposta por algumas décadas. Arrepende-se de alguma coisa? Não me arrependo de nada. Eu era notícia porque nasci para brilhar. A vida é minha. Quem sempre pagou minhas contas? Eu. Nunca dependi de ninguém. Nem do meu pai. Eu trabalhava, produzia, e se saía à noite não devia satisfações a ninguém. Vivi cada minutinho e só não namorei mais porque casei cedo.
A senhora está solteira há alguns anos, certo? Sim, estou. E se tem gente que com a idade perde a vontade de fazer sexo, te garanto que não é o meu caso. Mas nunca achei que a gente precisa de alguém para nos satisfazer, masturbação faz parte da minha rotina desde sempre. Quero mais é aproveitar a vida, jantar com os meus amigos, tomar meu vinho, minha caipirinha. Viver sem dar satisfação, até porque nunca fiz mal a ninguém.
Como a Vera Fischer mãe encara a saída dos filhos de casa? Sente a “Síndrome do Ninho Vazio”? Com certeza. Minha filha mais velha (Rafaela, 43 anos) mora fora há muito tempo, mas o Gabriel (28 anos) saiu agora para morar junto com a namorada. No começo me senti muito solitária neste apartamento enorme, é triste andar sozinha no corredor, à noite. Ficar na sala sem mais ninguém… Mas o que importa é que ele está feliz.
O seu nome faz parte de uma numerosa lista de atores dispensados recentemente pela Globo. Como foi ver-se fora da empresa onde trabalhou por 43 anos? Fiquei assustada, era o início da pandemia, eles estavam nessa ‘vibe’ de não renovar alguns contratos. De repente me vi desempregada, me senti insegura, mas hoje acho que veio para o meu bem. Agora faço o que quero, não parei mais.
Em uma fase recente da sua vida, a senhora dedicou-se às artes plásticas. Continua pintando? Não. Cansei. Pintei mais de 200 telas e estou querendo vendê-las. Estou tentando entender melhor esse negócio de criptoarte.