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Vera Fischer solta o verbo: etarismo, sexo e diferença salarial na TV

Atriz de 73 anos é a convidada do programa semanal da coluna GENTE 

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 set 2025, 12h02

O nome do espetáculo é bastante apropriado em se tratando de Vera Fischer como uma das protagonistas. O Casal Mais Sexy da América, que chega à capital paulista para temporada no Teatro Liberdade, fala sobre os bastidores da indústria do entretenimento. Um reencontro entre dois consagrados atores que, décadas atrás, formaram um dos casais mais icônicos da TV americana, os coloca diante de confrontos que moldaram suas vidas e carreiras. Aos 73 anos, Vera está afastada das novelas desde 2018, quando fez participação em Espelho da Vida. Em entrevista ao programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+, na TV Samsung Plus e também na versão podcast no Spotify), a atriz, ícone de beleza desde os tempos em que foi Miss Brasil, em 1969, recorda quando pela primeira vez se sentiu envelhecendo, conta que novela se arrepende de ter feito na TV Globo e defende o sexo na terceira idade. Assista.

ETARISMO. “Quando fiz Laços de Família, tinha 50 anos, era a protagonista absoluta. Hoje em dia qualquer estrela absoluta não tem 50 anos, tem 30 no máximo. As outras são mamães, titias, outras coisas nesse gênero. Estou falando particularmente da televisão, porque no teatro a gente ainda consegue fazer personagens de várias idades. Eu, Vera, tenho 73, vou fazer 74, ainda fica mais difícil, embora me sinta muito jovem com minha idade. (…) Aqui no Brasil é muito difícil. E também sou muito branca, muito loira, tenho cara de estrangeira. Embora tenha feito personagens morenas, nordestinas, fiz muita coisa quando me chamavam pelo talento. Hoje em dia não, as pessoas têm que ser como elas são para fazer os personagens, o que acho muito justo”.

ENVELHECENDO. “Senti que a partir dos 60 anos comecei a envelhecer, a sentir que já não me chamavam mais, embora ainda estivesse contratada da TV Globo, embora eu tivesse feito muito comerciais a vida inteira. Sinto falta também de fazer televisão, de cinema, de outras coisas… Mas comecei a sentir isso aos 60, quando eu já não era mais tão interessante para eles (emissora)”.

MASTURBAÇÃO. Sempre tem gente com muito preconceito. Obviamente as pessoas (mais velhas) fazem isso (sexo). As mulheres se masturbam. Por que não, gente? Podem estar casadas, namoradas, podem ter tudo, mas isso acontece. Ter prazer consigo mesmo é uma coisa muito interessante. Agora, você tem que ter imaginação, e não tenho vergonha nenhuma de falar que as pessoas que criticam isso são meio falsas, porque fazem isso também, só não querem falar. Preferem falar de mim ou de outras, porque acham que não se pode revelar coisas íntimas. Tem gente que faz coisas muito piores e fala nas redes sociais”.

DIFERENÇA SALARIAL. “Depois dos 60 anos, mudou tudo, desde a base salarial até os personagens. Comecei a fazer personagens menores, de menos relevância. Como eu era contratada pela emissora, tinha que aceitar. Até chegar a pandemia, quando a maioria de nós foi mandada embora, principalmente os de mais idade. Até hoje muita gente está com pouco trabalho por causa disso, tem que correr atrás mesmo. Mas aconteceu comigo sim, aconteceu com muitas pessoas de ganhar menos. No teatro você discute; se você é a protagonista, recebe mais. Na TV, não”.

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INFLUENCIADORES NA TV. “Em primeiro lugar, não é culpa de influencers, a culpa está em quem chama, quem contrata. Se a pessoa tem milhões de seguidores, ela já é muito bem-vinda na televisão e seja lá em qualquer outra coisa, para comerciais, para tudo. Não acho nada demais, mas essas pessoas não leram muito na vida, são muito jovens, não estudaram, não viram coisas que nós que viemos do final do anos 1960… A gente tem experiência do teatro, televisão e cinema… Esses influencers não têm isso… Mas quem sou eu para dizer alguma coisa? O público é quem vai julgar”.

TRAUMA DOS ASSÉDIOS. “Eu não tenho trauma, consegui não ter trauma dessas épocas onde ouvia coisas, cantadas, assédio… Ficava com muita raiva, mas sempre tive uma criatividade grande, sempre dava uma desculpa satisfatória para não ter que dizer sim para as pessoas. Dava um jeito de escapulir. Agora, é claro que você fica magoada, porque às vezes chega e ouve assim: ‘se não fizer isso, vai ser mandada embora’. Não fui mandada embora e não fiz! Haja cabeça, haja força para sobreviver dessa maneira. Tenho muita pena e sinto muito pelas que tiveram que se sujeitar a isso. Inventava coisas como: ‘estou menstruada’. Uma boa atriz conta uma história horrorosa e o homem desiste. Se tem força dentro de você, consegue escapar”.

POLÍTICA. “Não gosto de ficar em cima do muro. Agora, se as coisas estão dando certo ou não a gente não sabe. As pessoas que são canceladas são as que discutem muito, brigam com outras que são de outro partido político. Eu não sou assim, faço a minha parte sossegada e sempre falo só de mim. Acho detestável criar briga nas redes sociais, chamar atenção, brigar por ex-marido, filhos, política, brigam por tudo… As pessoas conhecem a minha posição e é isso, não tenho que brigar com ninguém. Sou brasileira, embora não pareça, tenho um pai alemão, sou misturada, mas quero que o Brasil cresça e vou sempre votar na pessoa que no momento ache que é a certa. A minha bandeira é torcer pelo Brasil, para que sejam tiradas da nossa frente os que não torcem pelo Brasil”.

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SERVIÇO: O Casal Mais Sexy da América – até 21/09. Sex e sáb, às 20h; dom, às 17h. Teatro Liberdade – Rua São Joaquim nº129, Liberdade, São Paulo. Ingressos a partir de 70 reais (meia).

Sobre o programa semanal da coluna GENTE. Quando: vai ao ar toda segunda-feira. Onde assistir: No canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+, na TV Samsung Plus ou no canal VEJA GENTE no Spotify, na versão podcast.

 

 

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