Trabalhadores da Cultura fazem abaixo-assinado contra Mario Frias
A classe artística de São Paulo pede para que ator não faça parte da secretaria do estado
‘Não queremos o Mario Frias na cultura de São Paulo’, diz o título do abaixo-assinado criado na tarde desta quinta-feira, 17, com quase 6.000 assinaturas até o fechamento desta matéria. A ideia era chegar a 7.500. O ex-ator e ex-secretário especial da Cultura na pasta do governo Bolsonaro (PL) é um dos nomes cotados pelo governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a secretaria de Cultura do estado.
“Os trabalhadores da Cultura dizem não ao nome de Mario Frias para comandar a Secretaria de Cultura no Estado de São Paulo! Entre os nomes que aparecem nas listas de possíveis secretários do governador Tarcísio de Freitas está Mário Frias, que foi eleito deputado federal em São Paulo pelo PL, e que poderia chefiar a secretaria de Cultura do estado. Isso seria uma desgraça para a Cultura Paulista. Mario Frias não é respeitado na área cultural e trará para o estado a política de destruição do setor implementada por Jair Bolsonaro. Mario Frias não pode assumir este importante cargo no Estado de São Paulo!”, diz o texto do abaixo-assinado.
Mario Frias, durante o tempo como secretário especial da Cultura, viveu algumas polêmicas. A mais recente foi uma viagem para Nova York com custo de 39 mil reais aos cofres públicos – a estadia foi de cinco dias. O valor gasto foi o equivalente a 13 vezes o cachê de um artista que se apresenta com verbas obtidas via Lei Rouanet, estipulado por sua gestão em 3.000 reais.
Durante a pandemia, Frias insinuou numa live que o ator Paulo Gustavo não morreu de Covid. O então secretário disse que telefonou para uma amiga do comediante, quando ele ainda estava internado na UTI, que teria dito que o problema do ator ‘não era Covid havia muito tempo’, mesmo a morte de Paulo Gustavo sendo confirmada como um dos casos. Mario disse no Twitter que o historiador pernambucano Jones Manoel, um homem negro com cabelo em estilo black power, tinha que tomar “um bom banho”. Após a repercussão negativa, ele tentou se justificar, associando sujeira com a militância comunista de Manoel.