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Sri Prem Baba rompe silêncio sobre acusação de assédio e elos políticos

Mestre espiritual, que lança ‘Em busca da verdade – autobiografia de um iogue brasileiro’, é o convidado do programa semanal da coluna GENTE

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 Maio 2025, 11h09 - Publicado em 19 Maio 2025, 10h41

Lançar uma biografia franca requer olhar apurado sobre as dores e mazelas que fazem parte de uma trajetória particular, muito além dos feitos e vanglórias pessoais. No Em busca da verdade – autobiografia de um iogue brasileiro (ed. Matrix), Sri Prem Baba, 59 anos, equilibra as nuances que construíram sua persona pública: do jovem batizado Janderson Fernandes de Oliveira, vindo de Guarulhos (SP), ao mestre espiritual alçado à fama nos anos 2000; amigo de famosos como Reynaldo Giannechini e Juliana Paes; e de políticos que vão de João Doria e Aécio Neves a Marina Silva e Tião Viana. A derrocada, que ele chama modernosamente de “cancelamento”, veio em 2018, ao ser acusado de assédio sexual por uma de suas discípulas. O novo livro traz sua visão sobre o episódio, que o arrastou para um longo recolhimento longe dos holofotes, afastando os amigos influentes e famosos. Convidado do programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ e também na versão podcast no Spotify), Prem Baba detalha o caso pela primeira vez e discute o que chama de “maior tabu da sociedade”: a união do sexo com a espiritualidade. Assista.

HERÓI DOS CINEMAS. “Bruce Lee teve uma influência tremenda na minha trajetória. Na minha pré-adolescência era um fã fervoroso do Bruce Lee. Me dedicava às artes marciais, fiz caratê, tae-kwon-do, kung fu e queria muito ser como Bruce Lee. Era meu herói. Porém, tinha dificuldade, não tinha elasticidade, abertura pélvica, aí descobri o yoga. Fui então com 14 anos fazer a minha primeira prática de yoga”.

AMIZADE COM POLÍTICOS. “Não me arrependo de nenhuma aproximação que fiz com esses políticos (João Doria, Marconi Perillo, Marina Silva, Eduardo Paes, Tião Viana, Sarney Filho…). Porque fui com intenção de levar autoconhecimento, realmente iluminar o entendimento a respeito do propósito da vida pública e sinto que plantei sementes. (…) Foi uma fase da minha jornada. Uma fase importante, necessária, mas que terminou”.

POLÍTICA E RELIGIÃO. “Há cristãos que estão vivendo a espiritualidade de verdade e cristãos nessa horizontalidade, apenas atendendo seus interesses pessoais. É o mesmo em todas as religiões. O que eu experimentei nessa minha aproximação com a política eram crenças limitantes, que faziam inclusive ter medo de um desconhecido. Estava trazendo o desconhecido. Considero que a espiritualidade é laica, ela não se atrela a uma religião. (…) Seriam os mais radicais. Mas não vi só evangélicos, vi também católicos, umbandistas, pessoas ligadas à medicina da floresta, cada qual defendendo seu ponto de vista”.

SEM APOIO PÚBLICO. “Alguns (famosos) se afastaram quando passei por esse cancelamento (por causa da denúncia de assédio), o que considero bastante natural. Até porque essas pessoas também têm uma imagem pública e, quando fiquei na mira dos haters, muitos se afastaram. Mas alguns ficaram e mantemos o contato até hoje. (…) Prefiro não citar, prefiro manter a discrição em relação a isso (…) Essa é uma questão. Naquele momento fiquei indignado com tudo o que estava acontecendo. Mais do que com o afastamento dessas pessoas, com os ataques. Porque eram ataques vindo de pessoas que não tinham ideia do que estava acontecendo”.

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REDE DE CIÚMES E INTRIGAS. “Descrevo com detalhes no meu livro tudo o que aconteceu. A (minha) instituição cresceu, o movimento estava acontecendo em quase todos os países e no mundo, atingindo milhões de pessoas. E eu estava realmente muito entregue. A organização também cresceu, mas não estava acompanhando essa expansão toda, foi quando começou haver disputas por lugar de poder. Quem ficava mais perto, quem ocupava determinado cargos, salários… E sinto que não cuidei adequadamente disso”.

DENÚNCIA DE ABUSO. “ Encontraram uma história de amor, um relacionamento amoroso, que foi transformado em uma história de abuso para tentar destruir a minha reputação, a minha imagem. (…) Optei por contar a minha visão e compartilhar os meus aprendizados. Não estou escrevendo esse livro com o propósito de me defender ou tentar qualquer reparação, o que quer e compartilhar meus aprendizados. (…) Não abusei de ninguém”.

CONTRA CELIBATO. “Em algumas tradições espirituais, sexo e espiritualidade não se relacionam nem no campo dos conceitos. Mas isso é devido a uma falta de compreensão mais profunda. O sexo em si é eminentemente sagrado, ele é puro. O que acontece é que através da sexualidade, o nosso lado sombrio, que não foi ainda conhecido, trabalhado, pode encontrar uma vazão. Na forma da luxúria, quando usamos a energia sexual para dominar, manipular, exercer poder sobre o outro. Isso é algo tão forte na nossa sociedade, que a pureza da sexualidade foi perdida”.

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Sobre o programa semanal da coluna GENTE. Quando: vai ao ar toda segunda-feira. Onde assistir: No canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ ou no canal VEJA GENTE no Spotify, na versão podcast.

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