Santa Luzia: abismo de tratamento entre clientes e entregadores
Trata-se do mercado mais chique de São Paulo

Quem circulava pelo mercado Casa Santa Luzia, um dos mais exclusivos e sofisticados de São Paulo, notou uma diferença entre o tratamento dado aos consumidores e aos entregadores de delivery. A reportagem de VEJA esteve no local no sábado, 9, quando dois seguranças pediam aos clientes o uso de máscara e a distância mínima de 1 metro na fila de entrada do empório. Com o objetivo de evitar aglomeração, o negócio reduziu o número permitido de pessoas fazendo compras. Até aí, tudo certo. Mas longe dos olhos do público, em uma entrada lateral, diversos entregadores de delivery se aglomeravam para retirar os pedidos. Diferentemente da entrada principal, não havia ninguém da equipe para impor os mesmos procedimentos.

Questionado por VEJA na segunda, 11, o mercado adotou uma medida para evitar a contaminação e a aglomeração dos entregadores: colocou grades e sinalização no chão. O Santa Luzia explica que a pandemia fez com que adotasse medidas constantes de forma a se adaptar ao momento e respeitar as regras de saúde. Segue a resposta oficial do empório:
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“Com a pandemia de Covid-19, o número de pedidos de produtos da Casa Santa Luzia via Rappi aumentou exponencialmente, de forma sem precedentes. Nesse cenário, o local designado para entrega dos pedidos foi devidamente sinalizado seguindo todas as orientações do Ministério da Saúde e nesta semana foi aplicada uma indicação visual de distanciamento para as motos. Novas medidas estão sendo adotadas dia a dia, conforme novas orientações vão sendo dadas pelos órgãos de saúde pública. Além disso, a Rappi, como empresa responsável pela operação e gestão dos entregadores e shoppers, tem a segurança de todo seu ecossistema como prioridade nesse momento e, por isso, monitora e orienta todos os seus funcionários e entregadores parceiros em relação ao cumprimento das orientações sinalizadas e exigidas pelo Ministério da Saúde, além de adotar medidas como fornecimento de máscaras e álcool gel.”
