Romero Britto sobre quadro para Bolsonaro: “Ele gostou muito”

O artista plástico Romero Britto recebeu Jair e Michelle Bolsonaro em seu ateliê em Miami para mostrar duas obras que fez em homenagem ao casal presidencial. VEJA conversou com ele.

Como foi o encontro? Ao abrir espaço em uma agenda tão atribulada para vir ao meu ateliê, o presidente deu mostras de valorizar a arte feita por brasileiros. Bolsonaro ia passar quinze minutos, mas ficou mais de uma hora. A visita ocorreu porque fui convidado pela Embratur para ser embaixador do turismo no Brasil. Faço esse trabalho como um serviço voluntário, não é remunerado. Eu amo o Brasil.

O presidente e a primeira-dama gostaram do quadro que o senhor fez? Ele e a Michelle gostaram muito. É um direito democrático um artista poder se expressar. Bolsonaro foi eleito pela maioria do povo, o Brasil o escolheu. A homenagem é natural. O quadro dele já está pronto. A obra da Michelle está sendo finalizada.

Como o dólar em alta e o coronavírus afetarão o mercado de arte? O momento não é ruim apenas para o mercado de arte. O medo é o item mais perigoso agora, com gente sem sair de casa e estocando coisas como comida. Vejo tudo como um momento de reflexão da vida. Vivemos em comunidade. Um vírus no mundo globalizado, com as pessoas interconectadas, não tem zip code (CEP). Ele não escolhe endereço, está em todos os lugares.

Publicado em VEJA de 25 de março de 2020, edição nº 2679

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