Rodrigo Fagundes se emociona ao relatar bastidores de ‘Volta por Cima’
Ator é o convidado do programa semanal da coluna GENTE
Rodrigo Fagundes, 54 anos, empresta sua veia cômica ao falido Gilberto Góis de Macedo, o Gigi, que interpreta em Volta por cima, trama das 7 da TV Globo. As risadas em cena são garantidas. Mas é sob forte emoção que ele traz à tona uma coincidência que o deixa de lágrimas soltas: a lembrança de sua mãe, vitima de Covid, fã de Betty Faria, atriz com quem contracena atualmente na novela. Essas e outras histórias são relatadas por Rodrigo no programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ e também na versão podcast no Spotify). Com 23 anos de carreira, ele recorda como ganhou projeção ao fazer parte do espetáculo Surto, que lotou por doze anos os teatros pelo país; o que traz de experiência do extinto Zorra total, e do casamento de 21 anos com o ator e roteirista Wendell Bendelack. Assista.
PASSADO NO ZORRA. “O que tenho de mais orgulho de ter feito no Zorra Total, é que na época, a gente viajava o Brasil. A quantidade de gente que ia ao teatro pela primeira vez, me emociono falando isso, porque as pessoas não vão ao teatro. Então o programa de TV fazia a pessoa sair de casa e ir ao teatro, e dali ela descobria que pode ser legal”.
FORMANDO PLATEIAS. “A primeira vez que Chay Suede foi ao teatro foi no (espetáculo) Surto, no Norte shopping, aqui no Rio. Fiz uma novela com ele, Babilônia, em 2015, do Gilberto Braga. E ele me contou isso na época. Agora encontrei com ele de novo outro dia, gravando, e ele falou: ‘Minha primeira peça, nunca tinha ido ao teatro. Sou do Espírito Santo e estava no Rio e minha tia me levou’”.
DESCOBERTA SEXUAL. “Os jovens, principalmente os gays, os meninos, vou falar da minha experiência, a gente vai aprendendo a mentir, vai aprendendo a virar personagem, alguns não. Alguns vão e encaram de frente. Eu não, pensei uma época que era errado, que não podia ser assim. Uma tia minha disse uma vez: ‘quer ser ator? É um forte candidato a passar fome e virar veado’. Esses dias eu disse para ela: ‘nunca passei fome’. É ignorante, é errado, mas assim… Comecei a fazer teatro escondido. Minha família veio ver a minha primeira peça, meu pai não, mas ali eles viraram a chave. Me ajudaram, começaram a pagar curso”.
EMOÇÃO COM BETTY FARIA. “Perdi minha mãe para o Covid tem quatro anos; e a minha mãe era minha fã número um, me adorava. Quando caí nessa novela (Volta por Cima) e descobri que ia trabalhar com a Betty Faria, chorava muito. Minha mãe era fã da Betty Faria. Minha mãe era cabeleireira de Juiz de Fora. Cresci vendo fotos da Betty. Minha mãe tinha uma relação muito tóxica com meu pai. Na época que a Betty e o José de Abreu fizeram Anos Dourados, eles eram um par romântico e ela era uma mulher desquitada, à frente do tempo dela. Lembro de ver Anos Dourados com a minha mãe tarde da noite. E uma das coisas que deu força para minha mãe se separar do meu pai foi a personagem da Betty. Aí você corta para agora e eu sou filho da Betty Faria na novela”.
Sobre o programa semanal da coluna GENTE. Quando: vai ao ar toda segunda-feira. Onde assistir: No canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ ou no canal VEJA GENTE no Spotify, na versão podcast.