Regina Volpato sobre ‘Mulheres’: ‘Se vier o convite, vou pensar’
Convidada a comandar o programa da TV Gazeta por um mês, apresentadora é cotada para assumir de vez a vaga deixada por Cátia Fonseca

“Estou com dor na barriga”, confessa a jornalista Regina Volpato, 49 anos. O misto de euforia e apreensão é justificado. Em 22 de dezembro, ela estará no Mulheres, da TV Gazeta, ao lado de Cátia Fonseca, a quem substituiria durante as férias logo depois. Agora, que a colega anunciou sua saída para a Band, ela é a mais cotada para assumir o programa definitivamente, apesar de jurar que não recebeu nenhum convite nesse sentido. “Ninguém me falou nada. Se vier o convite, vou pensar no assunto”.
Segundo Regina, há cerca de dois meses, o canal entrou em contato apenas com a proposta de cobrir o mês de folga de Cátia. A Gazeta teria optado por alguém de fora porque apresentadoras que geralmente cobrem férias, como Regiane Tápias e Marisi Idalino, estão grávidas. Nesta segunda-feira, ela foi aos estúdios para conhecer a produção e acertar detalhes e não ficou sabendo de uma possível extensão do contrato. Está ciente, porém, de que, a partir de sua entrada, será testada. “Acredito que vai ser um teste para todo mundo”, explica. “Dentro da casa, há muitas pessoas aptas e os produtores não terão dificuldade para encontrar alguém e seguir com o sucesso do Mulheres“.
Esta semana, quando a ida de Cátia para a concorrente vazou, o telefone de Regina não parou de tocar. Precipitadamente, já era vista como dona do cargo vago. A jornalista insiste que não ouve conversas sobre isso e que a Gazeta tem tempo para se decidir, ainda que a possibilidade tenha passado pela sua cabeça ao saber da novidade. “Inevitável não pensar nisso, é uma função muito cobiçada. Nesse mês, darei o meu melhor, vou esperar o feedback da produção e verei o que vai acontecer”, admite. “Mas há prós e contras (em um eventual convite para permanecer no programa). Eu tenho um canal no YouTube do qual me orgulho muito e que não vou abandonar”.
Longe da TV aberta desde 2013, quando trabalhava no Manhã Maior, da RedeTV!, Regina se reinventou na internet, criando um programa independente de entrevistas e atualidades. “Comecei do zero, era iniciante naquele mundo”, lembra. Atualmente, com cerca de 65 mil inscritos em seu canal, ela nem pensava mais em fazer o caminho de volta. “Eu tinha desenhado minha carreira de outra forma, então o convite me deixou muito surpresa e também envaidecida”. A Gazeta a interessou, pois considera uma emissora séria e organizada. “Ela tem uma relação muito saudável com a audiência, não é aquela coisa esquizofrênica que alguns canais têm com os números”.
O desafio de apresentar um programa diário ao vivo com quatro horas de duração é o que mais atrai Regina. “O Mulheres é um programa icônico que já fico orgulhosa de ter no meu currículo por um mês”, diz. “Vou poder desfrutar de um diretor muito experiente (Ocimar de Castro) e de uma produção jovem, uma galera disposta e antenada”. Ela também não economiza elogios à atual apresentadora, que já a convidou várias vezes ao programa. “A Cátia é excelente, uma pessoa competente, carismática e, principalmente, muito generosa”.
Para o período que foi contratada, a jornalista não pretende apresentar muitas novidades. “Não quero dar trabalho, prefiro que as pessoas nem notem que há alguém diferente ali”, avisa, dizendo que a produção já tem um planejamento fechado para janeiro. Por enquanto, ela está mais preocupada em retomar o padrão televisivo depois der se acostumar com a internet. “No YouTube, tem menos cerimônia, tudo é muito espontâneo. Estou morrendo de medo dos memes que eu vou produzir involuntariamente (risos)”.