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Regiane Alves: ‘As pessoas sentem falta dos atores antigos em novelas’

Em cartaz no Rio com a peça ‘Nosso Irmão’, atriz fala à coluna GENTE

Por Giovanna Fraguito 4 abr 2025, 07h00

Em cartaz no Rio, no Sesc Copacabana, com Nosso Irmão, que conta a história do reencontro de três irmãos após a morte da mãe, em um jogo de interesses em torno dos bens da família e da guarda do caçula, que possui uma deficiência intelectual, Regiane Alves, 46, interpreta uma das personagens centrais da trama. Mãe de João Gabriel, 10 anos, e Antônio, 8, do antigo relacionamento com o cineasta João Gomez, herdeiro de Regina Duarte, a atriz conversou por telefone, indo para mais um ensaio, com a coluna GENTE. Em pauta, temas como o espetáculo, a maternidade e novelas. Confira. 

Na peça Nosso Irmão, além da relação entre a família, vocês abrem debate sobre o espectro autista. Por que quis tocar neste tema? A gente prestou muita atenção sobre a finitude da vida. A gente vive todos os dias achando que não vai encontrar a morte. É um assunto incômodo. Ainda mais num caso desse, onde na história, a mãe morre, e era quem cuidava desse filho autista. Na época, eu virei fã da Ana Cláudia (Quintana Arantes), médica de cuidados paliativos, li todos os livros dela (como por exemplo,  A morte é um dia que vale a pena viver e Cuidar até o fim: Como trazer paz para a morte). Ela comenta muito sobre o fim da vida, essas passagens, o quanto a gente tem que oferecer o melhor conforto. Fiquei tocada com a questão, comecei a colocar a dinâmica na minha vida, de “vamos nos preparar para o futuro”. No caso, eu que tenho dois filhos também, como seria? Quem cuidaria se acontecesse alguma coisa?

Como trabalha a relação de parceria entre irmãos com seus filhos, João e Antônio? Eles acabaram criando, não sei nem se foi algum cuidado meu, mas eles têm uma parceria muito bonita. Como são filhos de pais separados, ou eles vêm para minha casa ou vão para casa do pai, sempre estão juntos. São grandes parceiros. Mas tem aí uma adolescência chegando, nunca se sabe o que vai acontecer. 

Você abre espaço para discutir maternidade no seu Podcast Pod Isso Mãe? É um assunto que nunca se esgota, não? A gente fala muito sobre educação socioemocional positiva. Caminhar ao contrário do fluxo, ouvindo, dando voz às crianças, elas tem muito o que falar, né? Os pais têm uma vida tão agitada, que acabam não prestando atenção. São pequenos detalhes. Semana passada, por exemplo, meu filho levou uma cotovelada no nariz, ele chegou para mim e falou: “Mãe, parece que eu estou com uma coisinha aqui dentro do meu nariz”. Aí falei: “Ah, filho, nada, deve ser sujeira’. Ele foi treinar e, quando voltou, estava inchado. Pensei: “Meu Deus, como não prestei atenção?”. Levar cotovelada no nariz é uma coisa forte.

Como fica a rotina de mãe vigilante em meio a ensaios da peça? Tenho a tal da famosa rede de apoio. Tenho uma funcionária que está comigo há 15 anos, então ela dirige, conhece bem a rotina, leva para cá, leva para lá. Uma amiga aqui onde moro também ajuda. A gente vai contando com o apoio. Meus pais não moram aqui, não consigo contar com o apoio dos avós.

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Como é a relação deles com a avó, Regina Duarte? Admiram muito, a gente sempre tenta falar sobre a grande artista que ela é. E eles acabam sendo fãs, agora mesmo está reprisando uma novela dela às tardes (História de Amor). E às vezes eles chegam da escola e falam: “Ah, vovó, nossa, vovó, que demais”. Eles curtem assim. É bom, né? Mas é avó, né? Independentemente de qualquer coisa, ela é uma avó. 

Sente saudades de atuar em novelas? Quando acabei Vai na Fé (2023), já comecei a peça, a gente ficou em temporada de cinco meses em São Paulo, agora vou fazer outro filme, ou seja, é muita coisa acontecendo. Também fiz muitas, mas adoro. Fui criada dentro da televisão, os meus amigos, é bom fazer. Tenho esse público de novela, das pessoas que gostam e querem que volte com uma vilã. Cabocla (2004) foi uma novela muito linda, equipe maravilhosa, até hoje tem um grupo do WhatsApp. 

Acredita que algumas produções da Globo ficaram datadas, em especial as de Manoel Carlos? A gente estava retratando uma época, da mesma forma que as novelas hoje também precisam retratar. Mulheres Apaixonadas (2003) foi reprisada agora há uns 2 anos. As questões ficaram, do estatuto do idoso, a forma de tratar os mais velhos… Foi uma coisa forte, não acho que se torne datado. Talvez agora a gente tenha mais cuidado para falar sobre alguns temas. Por exemplo, em Vai na Fé, a minha personagem (Clara) era casada, vivia uma relação de abuso, e depois se apaixona por uma outra mulher. É um retrato do que está acontecendo na sociedade. Só fez sucesso porque Rosane Svartman (autora) conseguiu retratar da melhor forma possível. 

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E como avalia a onda de novelas no streaming? Acho ótimo, assisti agora a Beleza Fatal, maravilhosa. Quando se tem uma boa história, bons atores… Essa mescla com influenciadores é legal, existe espaço para todo mundo. Bons atores mexem no imaginário do nosso público brasileiro, que é consumidor de novelas. As pessoas sentem falta dos atores antigos e de boas histórias, pelo menos é o que ouço na rua. Quando é feita a mescla de uma forma boa, a gente tem uma boa novela. 

SERVIÇO: Peça “Nosso Irmão” – Sesc Copacabana. Qui. a sáb., 20h. Dom., 18h. Ingressos somente na bilheteria, de 10 a 30 reais. Em cartaz até 13 de abril.

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