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Quem é Martinha do Coco, nome poderoso de Brasília no carnaval

A cantora se apresentou na posse do presidente Lula e é amiga de Margareth Menezes

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 fev 2023, 13h00

Marta Leonardo, conhecida como Martinha do Coco, 61 anos, é um dos principais nomes do carnaval de Brasília. Sim, Brasília também tem carnaval. Moradora do Paranoá há 30 anos, ela nasceu em Olinda (PE), de onde migrou com sua família. Trabalhou desde então como empregada doméstica para ajudar no sustento da casa. Martinha iniciou a carreira artística cantando samba de coco no grupo de percussão da Organização Tambores do Paranoá (Tamnoá). Hoje desenvolve um trabalho autoral com influências culturais da terra onde nasceu e cresceu – coco, maracatu e ciranda. Em 2013, Martinha do Coco recebeu do Ministério da Cultura o título de Mestra da Cultura Popular; e no início de 2023, foi convidada a se apresentar na posse do presidente Lula (PT) e ter uma fala na posse da ministra da Cultura, Margareth Menezes.

De onde surgiu o nome Martinha do Coco? Eu já era conhecida como Martinha, quando comecei compor e cantar o Samba de coco. Aí fiquei conhecida como Martinha do Coco, isso em 2004, quando participei de um festival com a música o Perfume dela. Essa é uma tradição: quem faz samba de coco, ganha esse nome artístico, tipo Aurinha do Coco e a Dona Selma do coco, que são referências. É parte cultural essa afirmação do coco.

Como foi participar da posse de Lula e de Margareth? Eu fiz uma fala na posse de Margareth, representando a classe dos artistas, onde afirmei que o povo da cultura está disponível para ajudá-la na gestão, e que todos estamos “voltando pra casa”, ou seja para o ministério da Cultura. Cantei com minha banda na posse do presidente Lula, momento único de alegria para essa volta da democracia no país.

Como está sendo agora? Ganhei mais admiradoras, seguidores (risos). Como mulher negra, de periferia, griô, estou feliz com esse reconhecimento cultural, de ser respeitada como representante da cultura.

Já conhecia Margareth Menezes? Já conhecia o trabalho e talento dela como compositora, cantora e trabalho social, sua significância para o Brasil, uma das maiores vozes da música negra de resistência. Nos conhecemos pessoalmente no dia da posse dela. O convite veio do GT de transição da pasta da cultura.

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O que você traz de referência nordestina para o cenário cultural de Brasília? Meu canto que referencia minha história de vida de quem nasceu no Pernambuco. Trago Samba de coco, maracatu, frevo e ciranda. As músicas populares e festejos.

Como foi o processo de sair de Olinda para Brasília? Vim buscar uma vida sem pobreza, me reinventar no concreto, trouxe minhas memórias. Minha mãe veio antes, trabalhar como doméstica e depois trouxe os cinco filhos, na época eu tinha 17 anos. No decorrer dos anos, criei minha musicalidade resgatando memórias dentro de mim.

O que a motivou a ter um bloco de carnaval em Brasília? Reverenciar a importância do carnaval de rua em Brasília, especialmente na minha própria comunidade, no Paranoá. O bloco ‘Segura o coco’ é único de carnaval que existe no Paranoá, concentramos na praça central. Também tivemos iniciativa de fazer um bloco infantil, o ‘Segura o coquinho’, na quadra da Praça 28. São muitas as pessoas que fazem acontecer e vêm brincar no nosso bloco.

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O que você quer que o governo faça na área da cultura? Que dialogue com segmentos culturais, ouça e atenda nossas necessidades e especificidades. Além de retomar os programas e projetos que fortaleçam artistas em suas comunidades, conferências, pontos de cultura e consolidação da lei de mestres e mestras da cultura popular.

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