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Por que ‘todas’ podem ser rainha de bateria, menos Virginia Fonseca

Grande Rio, escola da Baixada Fluminense, passa por críticas desde que escolheu influenciadora como substituta de Paolla Oliveira

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 set 2025, 11h00

Na mesma semana em que pulou dos cadernos de entretenimento para os de política, Virginia Fonseca, ao dar depoimento numa CPI que investigava a participação de famosos influencers na jogatina online sem fiscalização, foi anunciada rainha de bateria de uma escola de samba, a Grande Rio, outrora conhecida por ser a “Projac da Avenida” – por sua atração de famosos como destaques.

A Grande Rio “limpou” sua barra nos últimos anos ao trazer enredos sérios, com menos cara de serem patrocinados e com forte engajamento nas mensagens. Muito em parte pelo trabalho bem feito de Leonardo Bora e Gabriel Hadad, que levaram o primeiro título à agremiação, em 2023, sobre Exu. O problema atual passa longe de escolha de enredos ou de carnavalescos – a dupla mudou de lado, agora assina o desfile da Vila Isabel. A questão é mesmo a escolha de Virginia. Um tema que tem digital dos diretores nessa escolha polêmica ainda a meses do desfile oficial.

E essa provocação nem passa pela ausência de samba no pé da influenciadora. Afinal, atire a primeira pedra a rainha de bateria que sabe sambar nos dias de hoje, sem que seja fruto do próprio universo do carnaval. Poucas, quase nenhuma. A Grande Rio optou em 2026 pelo enredo sobre o manguebeat, movimento cultural que surgiu em Recife (PE) no início dos anos 1990, misturando ritmos regionais como o maracatu com rock, hip-hop, e música eletrônica.

A mensagem principal do Movimento Manguebeat é o protesto contra a desigualdade social e a miséria, buscando conscientizar a população para a precariedade da situação do Nordeste, ao mesmo tempo em que defende a renovação cultural através da mistura de ritmos regionais com música pop. Também uma rainha nem deve ser cobrada de ser relacionada diretamente a um enredo. Mas é muita incoerência que justamente Virginia seja escolhida para defender um enredo tão sério, com uma mensagem de forte apelo cultural e de razões sociais que a própria em nada se adequa na sua realidade.

Substituta de Paolla Oliveira no midiático cargo, ela, que não é boba, já correu para montar uma quitanda de seus produtos de maquiagem e beleza, os mesmos que anuncia em lives desde a época da pandemia, agora para as frequentadoras da quadra da Baixada Fluminense. A fantasia de Virginia no carnaval será fingir ser aliada contra a desigualdade social e a miséria, enquanto lucra na “tela da TV e no meio desse povo”.

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O movimento cantado no enredo da escola, simbolizado pela antena parabólica enfiada na lama, promove a união entre tecnologia e natureza, defendendo a ideia de que “o homem que sai do mangue torna-se aratu, um crustáceo que não tem casulo para se esconder e vira presa fácil dos predadores”, e que o despertar artístico é a forma de “deslobotomizar” as mentes. Em tempos de celebridades surgidas não por antenas parabólicas, mas via telas de celulares, a Grande Rio só tem uma saída: tornar à lama os predadores de seus holofotes.

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