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Por que Complexo do Alemão é importante ao crime, segundo autor

Após megaoperação policial no Rio, Sérgio Ramalho explica à coluna GENTE histórico das regiões

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Nara Boechat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 out 2025, 11h00

Quinze anos depois da ocupação que prometia libertar o Complexo do Alemão do domínio do tráfico, em 2010, a Polícia Civil voltou à região, nesta terça-feira, 28, em uma megaoperação para cumprir mandados contra integrantes do Comando Vermelho (CV). A ação nos complexos do Alemão e da Penha resultou em ao menos 121 mortos e nenhum dos chefes presos. Autor dos livros Oficiais do Crime e Decaído (ed. Matrix), que conta a história do capitão do Bope Adriano da Nóbrega, o jornalista Sérgio Ramalho explicou à coluna GENTE por que o Alemão segue sendo um importante território para o crime organizado.

“Desde 2002, quando houve a execução de Tim Lopes, na Vila Cruzeiro, aquela região já tinha um domínio da facção. É uma área importantíssima para eles, virou uma espécie de bunker, que tem como principal chefe o Marcinho VP”, disse Ramalho, ressaltando que o território vive sob disputa com o Terceiro Comando Puro (TCP), grupo que abriga o que chama de “narco-pentecostalismo” liderado por bandidos que se dizem convertidos à fé cristã. “Quando você faz ação contra um grupo, acaba abrindo brecha para que outro se instaure. Torço para que o Estado entre ali de fato”. 

Para Sérgio, a resposta armada não é suficiente. Neste caso, o ideal é encontrar uma forma de “estrangular” a movimentação financeira das facções. “Todo mundo já ouviu em filme aquela velha frase: ‘siga o dinheiro, follow the money’. Isso não acontece aqui. O tráfico virou só uma parte do negócio desses grupos. Eles passaram a agir como Estado: cobram impostos – chamados por eles de taxas -, criam cobranças de água, gás e de várias outras atividades econômicas, algumas delas até legalizadas. O que deveria ser feito é estrangular o financiamento. Sem dinheiro também não funciona a corrupção”, pontua.

Ramalho conclui a análise que o resultado da megaoperação, já considerada a mais letal da história, revela o esgotamento do modelo atual de combate ao crime. “É um cenário muito complexo e que não dá para ser visto só quando acontece uma mortandade gigantesca. Ela vem numa escalada. Antes a gente falava que se enxugava gelo, agora a gente passou a ver o cenário de secar sangue”, completa.

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