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Por que Antônio Grassi não está na equipe de transição do governo Lula

Em entrevista a VEJA, ator fala de seus projetos em Portugal

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 nov 2022, 07h01

Aos 68 anos, Antônio Grassi acumula várias experiências no âmbito da gestão cultural. O ator já foi presidente da Funarte, secretário de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e presidente do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, além de diretor-presidente do Instituto Inhotim, em Minas Gerais. Agora, passa uma temporada em Portugal. Por lá, ele assumiu a presidência da Associação Oceanos, com foco na literatura de língua portuguesa. E comanda o Espaço Talante, na LX Factory, point de artistas brasileiros em Lisboa. Sempre ligado a lideranças do PT e ao próprio Lula, Grassi explica como tem colaborado à distância com a equipe de transição do novo governo.

O que te motivou a morar fora do Brasil? Há quanto tempo em Portugal? Estamos em Portugal há um ano e meio. Fechei um ciclo do meu trabalho em Inhotim e achamos que era o momento, coincidindo com vários aspectos, inclusive esse de poder me dedicar a um trabalho com a língua portuguesa, que sempre foi o meu desejo. E, de uma certa maneira, dar continuidade àquele trabalho que fizemos há dez anos em Portugal. Estamos trabalhando com um horizonte muito interessante por aqui.

Você não foi convidado para a equipe de transição do governo? Tenho dialogado com muitas pessoas, participado de reuniões virtuais de ideia e sugestões. Venho trabalhando informalmente em relação à equipe de transição desse governo, que eu acredito muito. A gente tem que colaborar e construir um novo caminho para o Brasil.

Quem gostaria que assumisse o ministério da Cultura? É difícil dizer sobre gosto pessoal para assumir o Ministério da Cultura. Confio plenamente que o presidente Lula saberá equilibrar, principalmente diante das forças que o apoiam, já que se trata de uma frente ampla que assumirá o governo, que nome poderia conciliar perspectivas que a cultura necessita para ser reestabelecida. A cultura foi destruída durante os últimos quatro anos e esse trabalho de reerguê-la necessitará de esforço conjunto. Mais do que o nome do ministro, o mais importante é esse projeto de reconstrução, que estou disposto a colaborar mesmo à distância.

Recentemente você assumiu a presidência da Associação Oceanos. É mais um órgão cultural que você gere. Qual é o maior desafio de se estar à frente de uma gestão pública? A Associação Oceanos, da qual tive a honra de receber o convite para ser o presidente do conselho administrativo, dedica-se à língua portuguesa, principalmente no campo da literatura. Tem total afinidade com o trabalho que desenvolvemos no Espaço talante e nos projetos que pensamos durante esse período que estamos em Portugal. Esse encontro forte entre as propostas me levou a aceitar presidir o conselho da Oceanos.

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Como o Espaço Talante, na LX Factory, virou point de artistas brasileiros em Portugal? A LX Factory já tinha uma relação forte com os brasileiros desde 2012, quando criamos o Espaço Brasil para o Ano do Brasil em Portugal. O Espaço Talante está dentro da livraria Ler Devagar, sempre frequentada por turistas do mundo todo, atraídos pela sua dimensão e beleza. Somando-se a isso, o Talante se tornou um sucesso graças à programação centrada nas linguagens artísticas dos países de língua portuguesa e pela recepção enorme que obteve na imprensa.

Sua carreira artística começou no teatro, passou pela TV e agora você atua mais na organização da parte cultural. Como foi essa mudança? Paralelo à minha atividade artística, seja como ator ou diretor, me dediquei fortemente à gestão cultural. É um assunto que sempre me interessou. Fui secretário de cultura do Estado do Rio de Janeiro, presidi a Funarte, do Ministério da Cultura por dois períodos e por dez anos, fui presidente do Instituto Inhotim, em Minas Gerais. Foram 10 anos dedicados a essa gestão, que incluía a programação artística e cultural. Também tenho experiência em eventos internacionais, como na organização do Ano do Brasil na França, do Ano do Brasil em Portugal, na participação brasileira na Feira Literária de Frankfurt. Mas sempre fazendo um equilíbrio desses trabalhos com a minha carreira artística. Mesmo daqui de Portugal, continuo atuando. Na Netflix, participei das séries Bom dia, Verônica e Santo, essa última com gravação em Madrid.

Mesmo nesses cargos, você não deixa de se posicionar politicamente nas redes. Como tem lidado com os haters em tempos de tanta polarização? Claro que o meu posicionamento político, especialmente num momento tão polarizado, provoca reações e isso faz parte. Sempre deixei claro em minha gestão, principalmente em Inhotim, que uma coisa é o meu posicionamento cidadão. É importante distinguir o posicionamento da instituição do meu pessoal. Não falo em nome de instituição quando me pronuncio politicamente. Mas claro que esse momento brasileiro provoca essas reações. E tomara que um bom governo reestabeleça um ambiente democrático mais pacífico e que isso possa passar.

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