Polêmica no carnaval: escolas põem limite de idade e barram idosos
Atitude dividiu opiniões nas redes sociais
A Mangueira e a Unidos de Vila Isabel receberam uma chuva de críticas após circular a informação de que as escolas colocariam um limite de idade para a composição das alas no carnaval de 2025. A notícia deixou muitos amantes da folia revoltados, questionando, inclusive, o futuro da ala das baianas. Em uma publicação nas redes sociais, a Verde e Rosa anunciou o início das inscrições para novos componentes. Em meio às informações como valor, prazos e documentos necessários para participar, uma faixa com a frase “faixa etária até 60 anos” chamou a atenção dos interessados.
As informações dividiram opiniões. Enquanto alguns falavam em etarismo, outros justificavam o limite pelos requisitos de algumas alas. “Peso da fantasia, coreografia desgastante, etc. Evita desmaios na avenida. Quando está muito quente é normal componentes passarem mal”, escreveu um seguidor.
Em nota, a Mangueira afirmou que não corrobora qualquer forma de preconceito ou discriminação. “Para a participação em algumas alas da escola no desfile de carnaval é necessário o atendimento de determinados critérios, o que pode ocorrer por conta das características das fantasias. Mas essas limitações se restringem a algumas alas apenas, o que garante a participação de todos. Já realizamos cadastramentos que não envolvem faixas etárias e brevemente faremos novamente”, disse o comunicado.
Já na Vila Isabel, o anúncio foi ainda mais restrito, determinando que os componentes devem estar na faixa entre 18 a 50 anos. A escola afirmou que possui componentes de idades variadas em alas de comunidade, desde 17 até 93 anos. “É permitida a inscrição e participação de pessoas de todas as faixas etárias nos eventos e agendas da escola. O processo de inscrição de novos componentes que acontecerá neste sábado (24) tem como objetivo específico a destinação a alas especiais do Carnaval 2025. Essa é apenas uma de quatro etapas de cadastro de componentes. Ao todo, cerca de mil componentes já foram inscritos ou recadastrados, sem qualquer restrição. Destes, 62% possuem 51 anos ou mais”, explicou.
Para Martinho da Vila, atual presidente de honra da Vila Isabel, tudo isso não passa de “bobeira”. “Nunca ouvi falar disso. Não sou a favor, mas não creio que fariam. Não vai vingar”, afirmou o cantor à coluna GENTE.