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Paulo Lessa ‘perde’ os dentes em novo filme: ‘me deixou tenso’

Ao lado do diretor Paulo Fontenelle, ator fala do longa ‘Sala Escura’, em conversa no programa semanal da coluna GENTE

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 nov 2024, 15h15

Na última década, o cinema nacional foi dominado por produções que apostam no gênero comédia para encher as salas de exibição. Passada tal euforia, é cada vez mais convidativa a pluralidade de outras apostas cinematográficas. Investindo no terror-suspense, o diretor e roteirista Paulo Fontenelle apresenta seu mais recente filme, Sala Escura, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 14. A trama se passa numa sala de cinema, quando um grupo de espectadores é surpreendido por uma brusca interrupção do filme. Assustadas, as pessoas tentam deixar o local quando se descobrem trancadas. No elenco, Paulo Lessa, Allan Souza Lima, Luiza Valdetaro, entre outros. Convidados do programa semanal da coluna GENTE disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ e também na versão podcast no Spotify, o diretor Paulo Fontenelle e o ator Paulo Lessa falam sobre a produção e dos desafios de se fazer filmes de terror. Assista.

 

COMÉDIA X TERROR. PAULO FONTENELLE: “É tradição. A história da comédia no Brasil é muito maior que a história do terror. Tanto que as referências de comédia são maiores. E é engraçado, porque se você percebe filmes americanos em relação a tamanho de orçamento e retorno de bilheteria, terror dá muito mais dinheiro do que comédia. Mas precisa criar uma nova ideologia comercial no Brasil para chegar aí. Não só no público, mas no executivo, que é quem banca o filme”. PAULO LESSA: “A gente teve concorrência a vida inteira da televisão brasileira também massificando a comédia, criando essa cultura. É difícil do nada quebrar isso. É um processo”.

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A CENA MAIS DIFÍCIL. PAULO LESSA: Para deixar a cena de tortura crível, foi um desafio. Uma experiência que nunca passei na minha vida: o cara arrancando meus dentes. Foi muito difícil. A gente teve que repetir várias vezes, dar detalhes disso. Tinha toda uma questão de caracterização. Todo mundo que eu mostro a foto fica impressionado. Foi um processo de cena difícil. O dia que antecedeu a gravação me deixou tenso. A gente quer fazer uma cena crível, não quer ficar exposto, não quer deixar a desejar. Então o antes foi pior, depois curti (o resultado). Conversava muito com ele (o diretor): ‘Paulo, isso não está canastra demais?’. Porque eu berro de dor, me exponho no filme. Tem que ter essa confiança”.

VIOLÊNCIA EM AÇÃO. PAULO FONTENELLE: “O filme brasileiro de terror costuma seguir uma vertente diferente do Sala, que é um gênero que mistura slash com gore, que mais violento. Só que a gente fez uma coisa muito focada no real, foge do trash. Normalmente o filme brasileiro acaba caindo no trash. O Sala não. Tanto que a gente pegou censura 18 anos por causa disso, tem bastante cenas violentas”.

O programa é gravado diretamente do Casacor Rio, no shopping Fashion Mall, no espaço da arquiteta Ana Cano; produção de Patricia Def; e conta com captação de imagens de Adaga Midia Businness.

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