Os bastidores da entrevista de Eduardo Bolsonaro para Leda Nagle
Ocasião em que político falou de volta do AI-5
O deputado Eduardo Bolsonaro gravou a entrevista para Leda Nagle na segunda-feira, 29, em São Paulo. Ele chegou com seis seguranças. “Precisei servir sete cafezinhos”, brinca Leda. Com passagens como âncora do Jornal Hoje, da Rede Globo, e na apresentação do Sem Censura, pela TVE, a jornalista abriu um canal no YouTube em março de 2017, onde posta dois vídeos inéditos por semana.
A senhora se assustou quando Eduardo Bolsonaro falou da possibilidade de voltar o AI-5? O AI-5 sempre assusta, mas não existe clima para isso. Vivemos uma democracia. Agora, eu sou o cavalo dessa história. Estou ali para escutar o entrevistado. Sou jornalista há 40 anos, meus convidados têm a segurança que poderão falar. Não sou uma pessoa que contesta. Eu aposto na multiplicidade de ideias, por isso convido gente de todos os espectros, como Carlos Bolsonaro, Guilherme Boulos, Alexandre Garcia, João Amoêdo, Randolfe Rodrigues… O meu filho Duda me ajuda, mas eu tenho feita toda a produção.
E como se dá a produção? Eu contato pessoa por pessoa pedindo entrevista. O Carlos Bolsonaro, por exemplo, veio aqui depois de eu procurá-lo pelas redes sociais. Há várias pessoas que desejo entrevistar, como Ciro Gomes, que tento há mais de ano. Se pudesse, colocaria um vídeo novo por dia no ar. Mas como não tenho patrocínio, coloco dois por semana. Repito, faço tudo: peço a entrevista, agendo, abro a porta, sirvo o café, coloco adoçante (risos). Gravamos a conversa com três câmeras diferentes, mas todo o conteúdo falado vai ao ar. Nunca ninguém pediu para tirar algo na edição.
Como vê um canal de YouTube repercutir tanto com conteúdo jornalístico? Além do jornalismo tradicional, a internet também faz conteúdo de qualidade. Eu fico orgulhosa. Criei meu canal após ser demitida de uma emissora de televisão. Fico feliz em produzir conteúdo bom e que tenha repercussão. Tenho 40 anos de carreira e estou nessa nova plataforma.