O relatório final sobre caso da socialite Regina Gonçalves
Ex-motorista foi indiciado pela Polícia Civil
A Polícia Civil do Rio indiciou o ex-motorista José Marcos Chaves Ribeiro, 53, por violência psicológica contra a mulher, nesta quinta-feira, 11. Segundo a investigação, ele ainda é suspeito de expor Regina Gonçalves, de 89 anos, a perigo à integridade física e psíquica e de não cumprir ordem judicial. O delegado Angelo Lages pediu à Justiça que José Marcos fique proibido de se aproximar de Regina e seja destituído da curatela da idosa.
O relatório final da Polícia Civil sobre o caso da socialite indica que José Marcos deixava a vítima em condições precárias, sem comer e beber, e dormindo em uma poltrona. O caso veio à tona em abril desse ano, quando Regina fugiu da casa onde vivia, no edifício Chopin, vizinho ao hotel Copacabana Palace, no Rio, e acusou o ex-funcionário de a manter em cárcere privado.
A condição a qual Regina foi submetida foi relatada por ela, em depoimento, e atestada por uma médica, Monique Esteves Cardoso, que atendeu a socialite em janeiro. Segundo depoimento da médica, a idosa apresentava dificuldade de locomoção, pernas inchadas, devido a dormir em uma poltrona, e estava fisicamente debilitada.
O relatório também mostra contradições em depoimentos de José Marcos. Ele tinha sido ouvido pela polícia em 2016, sobre o relacionamento com a socialite, e na época se apresentou apenas como um funcionário. Este ano, o ex-motorista afirmou que possuía envolvimento amoroso com Regina desde 2012, mas que mantinha o relacionamento de forma discreta a pedido dela. A polícia também afirma que há fortes indícios de cometimento de outros crimes, como associação criminosa e lavagem de dinheiro por suspeita de apropriação de bens móveis e dinheiro, que são apurados em outro inquérito.