O que precisa ser dito sobre o personagem Ken em ‘Barbie’
Ryan Gosling vive o boneco nos cinemas, uma clara crítica ao patriarcado
O filme da Barbie, estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling, chegou aos cinemas brasileiros no dia 20 e já é um sucesso de bilheteria, levando multidões vestidas de rosa para as salas. Dirigido por Greta Gerwig, o longa carrega um sentimento de nostalgia, para aqueles que brincaram com a boneca na infância, mas também uma crítica ao machismo e às consequências do patriarcado. Em ‘Barbieland’, as diferentes variações de Barbie desempenham suas profissões dos sonhos, moram em casas incríveis e vivem a vida perfeita – diferentemente de Ken, que não possui outras atribuições além de ser o namorado da boneca. O que, de uma forma irônica, acaba sendo o papel colocado para mulheres em representações machistas.
Quando Barbie e Ken chegam ao mundo real, em uma típica jornada de herói apresentada no filme, os personagens percebem que na verdade o mundo é governado por homens. Assim, Ken vai de mocinho a vilão – cômico, leva os ensinamentos do patriarcado para a terra das barbies. Entre eles a adoração por cavalos, cerveja e todos os estereótipos de homens “viris”. O que não dura muito tempo, já que a personagem de Margot Robbie retorna a Barbieland e salva as outras bonecas da dominação dos kens. O filme acaba sendo uma ótima comédia, com piadas inclusive sobre a empresa criadora do brinquedo, Mattel, e um visual deslumbrante. A mensagem final defende a igualdade de gênero e o direito da mulher de imaginar e ser o que ela quiser. O próprio Ken, no final do filme, decide ser mais do que apenas o namorado da Barbie e “descobre” o amor-próprio.