O que Lula diz sobre vestir a camisa da seleção brasileira
Campanha de despolitização do uniforme passa pela CBF e marcas parceiras

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou categoricamente no início da tarde desta quinta-feira, 10, que vai usar a camisa amarela da Seleção Brasileira. “A Copa do Mundo começa daqui a pouco e a gente não tem que ter vergonha de vestir a camiseta verde e amarela. A camiseta não é de partido político, é do povo brasileiro. Vocês vão me ver usando a camiseta amarela, só que a minha terá o número 13”, escreveu ele numa postagem.
A campanha de despolitização da camisa não passa apenas pelo Planalto. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por exemplo, tem se esforçado para fazer com que o torcedor volte a usar a camisa da seleção brasileira faltando poucos dias para o início da Copa do Mundo – muito em razão da associação do uso da camisa amarela à campanha do candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL).
Nesta semana, a entidade divulgou uma peça publicitária que está no ar em rede nacional pela TV Globo. A campanha leva o nome de Energia e traz um refrão de uma música de Lulu Santos: “Ela me faz tão bem, Ela me faz tão bem, Que eu também quero fazer isso por ela”, em referência ao uniforme amarelo do Brasil. “É para mostrar que todos podem se sentir bem com a camisa da seleção”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em coletiva.
Essa não é a primeira vez que a entidade faz uma campanha deste tipo. Em agosto, a CBF fez uma campanha na divulgação da nova camiseta oficial da seleção, da Nike, com o tema: “É coletivo. Representa mais de 210 milhões de brasileiros. É a nossa garra. Veste a garra”, escreveu a Confederação Brasileira de Futebol em um trecho do post nas redes sociais.
As marcas que são parceiras da seleção brasileira também estão se movimentando. A mais recente divulgada nesta semana foi da Kavak, multinacional especializada na compra e venda de veículos seminovos, com o mote “Vire a chave. A paixão muda o jogo”, visando a reacender o amor da torcida pelo time canarinho. No vídeo, que marca o início da campanha, há uma mistura entre o passado e o presente, com o intuito de mudar a perspectiva e conectar, novamente, o torcedor à Seleção. O conteúdo está sendo divulgado nas redes sociais da empresa e também no intervalo comercial da TV aberta.
Já a Brahma, por exemplo, foi enfática ao lançar uma campanha publicitária com o narrador Galvão Bueno chamando o público a “lembrar do significado original da amarelinha”. Parceira mais antiga da seleção brasileira – desde 1995 – a Nike teve veiculada a campanha “Veste a Garra”, com filme sobre a seleção rumo à Copa do Mundo, também incentivando o uso da camisa brasileira.
Para Armênio Neto, especialista em novos negócios do esporte e responsável pela intermediação dos contratos envolvendo a Kavak e a Semp TCL, estar envolvido com a principal competição do planeta é o desejo de qualquer marca. “A Copa do Mundo é o ápice da jornada do patrocinador, já que visibilidade e interesse estarão no auge, e a relação com o consumidor muito próxima. É preciso emocionar, engajar e estar pronto para qualquer resultado, porque o patrocínio vai além da vitória e da derrota”.
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