O que fará um CEO de indústria farmacêutica em cena de ‘Fuzuê’
João Adibe Marques investiu 5 milhões de reais para estrelar ação de sua marca na novela

No capítulo de sábado, dia 9, a novela Fuzuê, da TV Globo, terá uma ação inédita com um CEO de indústria farmacêutica. João Adibe Marques, 51, interpretará ele mesmo – o João, vendedor da Cimed – terceira maior empresa do ramo no Brasil em volume de vendas. Na cena, ele encontrará Nero e Kirida, personagens interpretados por Edson Celulari e Noemia Oliveira, dentro da loja. Eles conversam sobre um multivitamínico e falam sobre os benefícios da ingestão de vitaminas para a saúde e bem-estar. João explica que a vitamina é um alimento e não remédio; e seguem um diálogo descontraído. A cena publicitária termina com Nero tomando a tal vitamina.
“Eu a vida inteira me apresentei como vendedor. E não é um ator, é o João vendedor entrando em uma novela. Foi muito legal. A Globo primeiro foi entender a minha história, eles fizeram um storyboard super legal e eles fizeram exatamente o João – camisa amarela polo, calça jeans, tênis. O que aconteceu foi exatamente o que faço no dia a dia, eles que treinaram para me atender. Decorar o texto é que foi o problema. Só levou de 9h da manhã às 2h da tarde para fazer a cena de dois minutos e meio [risos]”, relatou João a coluna.
Após a cena vem a entrada do intervalo comercial. O primeiro comercial começa do mesmo ponto onde parou no enredo da dramaturgia, como se fosse uma continuidade da história, mas fora da narrativa da novela. O formato, chamado “break estendido”, traz Edson Celulari, fora do personagem, dizendo que a ingestão de vitaminas faz parte de sua vida real. Nesse momento, João Adibe reaparece para comunicar mais uma edição da campanha “Saúde em Dobro”, onde explica aos telespectadores que na compra de qualquer unidade da linha de seu produto, outro será disponibilizado gratuitamente.
“O tamanho de investimento de uma ação dessa foi em torno de 5 milhões de reais. Além do espaço comercial, tem casting, direito de imagem de artista…”, explica o empresário. É a primeira vez que uma empresa desenvolve uma narrativa comercial dessa forma, em uma novela, e com participação do CEO da companhia na trama. “Pelo tamanho da potência que tem a novela, a audiência é maior do que do Domingão. E normalmente, no Domingão, a gente vende em torno de 20 vezes o que é vendido em um dia sem ação”. Tanto esforço, entretanto, não se sabe se surtirá bom efeito. Fuzuê, como se sabe, tem patinado na audiência.