O polêmico projeto que vai pôr tirolesa no Bondinho Pão de Açúcar
Sandro Fernandes, CEO do parque, explicação à coluna sobre a intervenção
No segundo semestre do ano, o Parque Bondinho Pão de Açúcar, cartão-postal do Rio de Janeiro mundialmente famoso, pretende inaugurar uma nova atração – uma tirolesa de 400 metros de altura e que chega a 100 km/h. Em conversa com a coluna, o CEO Sandro Fernandes, à frente do projeto, diz que a ideia é se distanciar de um esporte radical. “A altura tão grande vai parecer um voo super tranquilo e essa é a máxima da nossa tirolesa, uma tirolesa totalmente contemplativa. Sobrevoando uma das áreas mais lindas da trilha transcarioca, que é o monumento natural”, explica ele, sobre a descida que terá duração de 50 segundos.
Os moradores do bairro da Urca reúnem críticas ao projeto, como o possível aumento de fluxo na região e poluição sonora e visual no ponto turístico. Quanto a isso, Sandro explica que nada será alterado a ponto de ser perceptível. “O processo de licenciamento durou dois anos e meio e foi discutido até todos os órgãos liberarem as licenças de obra. E tudo que foi feito sobre a tirolesa é em área antropizada, que já foi anteriormente trabalhada pelo homem. Os decks, que não são área construída, não saem do limite do parque. Quanto ao fluxo (de pessoas), não consigo aumentar, porque já tem a limitação do bonde. E sobre a alteração da paisagem, é mínima, para não dizer nula. A grossura do cabo vai ser um décimo do cabo do bonde”, argumenta. Ainda sem média de preços, o público esperado é de todas as idades, com a única limitação de peso, que deve ser entre 25 a 150 quilos.