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O peso sentido por Samantha Jones como Ana Clara de ‘Vale Tudo’

Atriz interpreta nova vítima de Odete Roitman na novela das 9 da TV Globo

Por Giovanna Fraguito 30 set 2025, 20h30

Como uma personagem que não existiu na versão original de Vale Tudo, Samantha Jones, 27 anos, encara o desafio de viver Ana Clara, personagem que bate de frente com a grande vilã Odete Roitman de Debora Bloch, 62. Neta de Nice (Teca Pereira) na trama, a jovem atrevida também guarda o grande segredo de Odete, ao se tornar a responsável pelos cuidados com Leonardo (Guilherme Magon), filho que a vilã esconde da família. Na noite desta terça-feira, 30, Ana Clara é baleada pela vilã e os desdobramentos marcam a derrocata de Odete. De Salvador (BA), formada em Artes Cênicas, Samantha estreou em Um Lugar ao Sol (2021). Confira o bate-papo com a coluna GENTE.

Sua personagem não existiu na versão original da novela. Isso acrescenta uma dose de desafio? Acho que tem um desafio, que é você não saber o que esperar. A minha outra personagem de um remake também teve um quê de originalidade porque, na obra original, era um homem. E essa alteração de gênero acarretou numa mudança grande no arco da personagem. Com a Clara não é diferente. Vou descobrindo e construindo aos pouquinhos. Claro que o fato de a obra ser aberta gera um pouco de insegurança. Mas a gente faz uma coisa muito única, que é conseguir monitorar essa personagem. Às vezes, você faz de um jeito e ela soa de outro, e tem como contornar isso, porque a novela ainda está em curso. 

Como chegou em Vale tudo? Foi um teste? Foi um convite. Estava gravando um filme de Jorge Furtado no Rio Grande do Sul, e recebi o convite para fazer Ana Clara. Fiquei muito feliz.  

Sua novela anterior, Renascer, também era remake. Quais são as diferenças? O meu primeiro trabalho na TV foi em Um Lugar ao Sol. Depois gravei Todas as Flores, em seguida Renascer. Gravar esse primeiro remake foi interessante, porque tinha um nível de comparação com a primeira versão, mas bem diferente de Vale Tudo. talvez por ser uma novela tão emblemática. Apesar de interpretar uma personagem nova, o que traz certa proteção, também há o risco de frustração por parte do público. Ainda assim, acredito que há muito valor em criar algo novo dentro de uma história clássica.

O que trouxe para a preparação da Ana Clara? Interpretar Zinha (em Renascer), sendo baiana, foi um alívio e uma homenagem. Apesar de morar no Rio há nove anos e ter feito todos os meus trabalhos audiovisuais aqui, poder representar minha origem numa novela é significativo para minha carreira. Sobre a Ana Clara, fico feliz por interpretá-la de forma natural. Mesmo que a história se passe no Rio e ela more em São Paulo por causa da faculdade, não tento destacar nenhum sotaque específico. Uso o meu próprio, que já é bem misturado. Às vezes, vejo comentários nas redes sociais sobre o sotaque: “Essa menina é baiana?” e alguém responde que sim. Isso me deixa feliz, porque é uma forma de manter minha identidade.

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Entende seu papel como o de uma vilã? Não vejo Ana Clara como maniqueísta. Embora faça parte de um folhetim, que naturalmente trabalha com arquétipos de mocinhos e vilões, ela é mais complexa. Odete, por exemplo, é a vilã clássica. Já Ana Clara é humana. Ela é uma jovem pobre que cresceu vendo a avó servir uma bilionária, acobertando um crime, sem sequer ter noção da dimensão da fortuna dessa mulher. O pouco que ela entende já desperta nela uma consciência. Ela quer, sim, ganhar dinheiro, porque sabe o quanto a avó se dedicou a essa pessoa. 

Como se sente contracenando com a grande vilã das novelas? Minha troca com a Debora (Bloch) é ótima. Admiro muito ela como atriz. Acho ela incrível, sou fã. A gente conversa bastante e fico feliz de estar em cena com ela. É um jogo muito bom.  

Qual é o peso da responsabilidade em estar nesse local de destaque? Existe um peso natural em ser artista e estar diante de milhões de pessoas. Para mim, arte é política, e tudo o que fazemos carrega implicações sociais. Quando alguém ganha destaque, passa a ter uma responsabilidade maior. É preciso revisitar crenças, opiniões e entender como elas impactam o mundo. Mesmo sendo um indivíduo, sabemos que o que dizemos pode influenciar muita gente, simplesmente por estarmos na tela. Ao mesmo tempo, é importante lembrar que somos humanos e podemos errar. 

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O erro pode ser usado como argumento para qualquer coisa? Errar não significa cometer crimes. Por mais óbvio que isso pareça, nem sempre é compreendido. Algumas pessoas confundem opinião com verdade absoluta, e é aí que mora o perigo. Não podemos transformar experiências individuais em verdades universais. Por isso, acredito que o artista precisa se comprometer com a atualização constante, estar em diálogo com a política, com a sociedade, e com os próprios valores. É uma forma de não colaborar com opressões e de usar a arte como ferramenta de transformação.

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