O maior deslize entre todos os imperdoáveis erros de ‘Vale Tudo’
Crítica: discussão sobre corrupção política e ética pessoal ficaram em segundo plano

O grande trunfo de Vale Tudo era a hiperconexão com a realidade. Em 1988, a novela foi levada ao ar com altas doses de relação direta com os noticiários políticos, discussões de ética e corrupção que assolavam o país no período pós-redemocratização. Assim que foi anunciada a adaptação da trama para os tempos atuais, foi levantado um debate se a narrativa se seguraria em tempos de “politicamente correto”. A coluna GENTE fez discussão com especialistas em TV para falarem sobre o assunto. Pois bem.
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Agora, se caminhando para seu derradeiro final nesta sexta-feira, 17, o que se pode dizer sobre isso é que a adaptação de Manuela Dias mirou mais em “lacrar” em redes sociais, do que causar com temas cruciais, espinha-dorsal da versão original, escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. A história, um marco da teledramaturgia brasileira, perdeu seu principal trunfo em 2025: a conexão com a realidade. O país em ebulição diante de um ex-presidente em julgamento por tentativa de golpe, entre tantos assuntos palpitantes no cenário político, e o que se viu no ar? Depois da bobeira do bebê reborn, merchans a perder de vista. É pena.