O futuro dos escassos programas de humor na TV brasileira
Patricia Pedrosa, diretora do gênero na Globo, fala sobre tendências do mercado

Durante um recente evento de audiovisual no Rio de Janeiro, Patricia Pedrosa, diretora do núcleo de humor da TV Globo, falou sobre o futuro do gênero no mercado audiovisual brasileiro. Ela comanda os humorísticos da TV aberta e do Globoplay, em uma nova tentativa de alavancar programas do setor na emissora, desde saída do antigo diretor, Marcius Melhem.
“O público fala: ‘não se faz mais humor como antigamente’, ao mesmo tempo que fala: ‘o humor não se inova’. Ele quer alguma coisa que nem sabe o que é. As comédias românticas, os gêneros híbridos, vieram com muita força. Drama com comédia, ação com comédia… Esses são os que mais se assemelham a nossa realidade, ao que é a nossa vida. No mesmo dia a gente ri, chora, sofre, tem medo. A gente vê mais comédias que partem do olhar do proletariado, que atacam os poderosos, muito realities de humor vindo com força. E essa mistura entre ficção e realidade também tem crescido bastante. A gente vê a quantidade de projetos que chegam a partir do olhar de um grupo que não tinha espaço e agora tem. A grande inovação é essa. Falar às vezes da mesma coisa, mas com o olhar de um outro grupo”.