O filme político de Bruno Gagliasso, em meio à polarização da família
Ator vive líder estudantil em filme sobre ditadura militar

Após viver um torturador em Marighella, Bruno Gagliasso, de 43 anos, mergulha novamente no período da ditadura militar em Honestino, filme que refaz a trajetória do líder estudantil desaparecido aos 26, em 1973. Desta vez, o ator interpreta o protagonista, uma figura “do lado oposto da escória da época”, como diz. “Nossa função como ator não é só entreter, mas alertar”, acredita ele, que colide abertamente com a família na política. Crítico do pendor ideológico do irmão, o deputado estadual Thiago (PL-RJ), e da mãe, Lúcia, ambos apoiadores do ex–presidente Jair Bolsonaro, Gagliasso marca posição. “Quero que meus filhos e netos saibam quem eu fui, porque cada trabalho que faço carrega meu modo de ver o mundo. Esse é meu legado”, afirma.
Com reportagem de Giovanna Fraguito e Nara Boechat
Publicado em VEJA de 10 de outubro de 2025, edição nº 2965