É HOJE! Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

VEJA Gente

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notícias sobre as pessoas mais influentes do mundo do entretenimento, das artes e dos negócios
Continua após publicidade

O curioso bastidor de documentário sobre Fernanda Montenegro

Diretor Pedro Waddington e produtora Luísa Barbosa falam à coluna GENTE

Por Giovanna Fraguito 11 out 2024, 07h00

Ícone da dramaturgia nacional, a pouco de completar 95 anos, Fernanda Montenegro aceitou realizar um documentário sobre sua carreira. O diretor Pedro Waddington, filho de Andrucha Waddington, que assume a produção e é casado com Fernanda Torres, falou com a coluna GENTE, junto de Luísa Barbosa, produtora executiva do projeto. A dupla explica a construção do documentário e a convivência com Fernandona.

No projeto vocês acompanham as gravações do filme Velhos Bandidos e estiveram com ela nas leitura de Simone de Beauvoir no Ibirapuera, em São Paulo. Como foi lidar com Fernanda nos bastidores? PEDRO: Acompanhar ela tem sido inspirador, uma oportunidade de estar ali colado numa pessoa com uma câmera na mão, olhando. LUÍSA: Pedro tem um olhar muito silencioso. Ele realmente acompanha no cinema direto o que ela faz, ela é a protagonista do próprio documentário. E ela por si só acaba contando a história dela mesma, é muito forte. PEDRO: Não é um documentário de muitas perguntas, os assuntos vêm e essas são as pistas do que vai ser o caminho, é o que está na cabeça dela. São muitos assuntos que você vê que se repetem, a vida de uma pessoa acaba sendo assim.

São 95 anos de vida e 80 de carreira. Qual recorte vocês usaram? P: A gente ainda está filmando. Seus novos projetos são o nosso guia. A vida acontecendo aos 95 anos. No set de filmagem, no teatro, nas leituras. Talvez o que eu possa dizer de mais concreto é o que a gente não quer abordar. Fugir da tentativa de abordar a biografia como um todo. L: E naturalmente, quando a gente vai contando essa história, os assuntos recorrentes na vida dela aparecem. A Fernanda do teatro, do cinema, mas com o recorte de quem está ainda produzindo, pensando, comandando tudo da forma que comanda.

Fernanda quis participar da ideia, ver o que está sendo feito? P: A gente não mostrou nada para ela, mas combinou certas coisas. A gente falou que não seria um documentário sobre a vida pessoal dela, mas sobre esse processo do que é ser atriz. L: O que ela mais queria mostrar era o que a gente tem contato, de mostrá-la na ativa. Como criadora, atriz, na Academia Brasileira de Letras.

Tem algum grande desafio nas filmagens? P: Todo mundo que dirige Fernanda tem menos desafios do que o normal. Se você pensa numa pergunta, ela já vem com cinco respostas. Dá para ser uma mosquinha ali e não interferir. Muitos documentários têm entrevistas. Eu tentei me mimetizar ali para não ser visto, esse é o objetivo do documentário.

Continua após a publicidade

Pedro, seu pai, Andrucha Waddington é casado com Fernanda Torres. Antes do documentário você já tinha essa relação com a Fernandona? De um lugar de avó?  P: Na verdade não, sempre tratei com ela com admiração tremenda, mas com muito dedo de chegar perto. Ela estava nos almoços de família, falava ‘oi’, mas não tinha contato. É engraçado, porque a gente começou a se aproximar, agora tenho um pouco essa relação, mas é totalmente pelo ofício, pelo fato da gente ter um motivo para estar junto. Não uma coisa de ser vovó e o filho do genro, o netinho, era uma coisa de fato ter um objetivo em comum. Isso foi talvez o primeiro momento que eu me aproximei da Fernanda, hoje em dia me considero amigo, além de ter esse filme por fazer.

O sobrenome teve peso nesse processo? P: O parentesco foi um direcionamento para que isso acontecesse. Foi num filme do meu pai onde surgiu a ideia do documentário (o filme Vitória). O fotógrafo do filme do meu pai, Lula Cerri, falou: ‘Alguém tem que registrar esses bastidores’. E fui para lá na intenção de fazer um documentário, mas sem a Fernanda saber. Estava filmando os bastidores, como quem filma o making off. E aí foi se desenhando esse desejo de aumentar (o material). Foi uma ponte, agradeço muito.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.