O cardeal favorito a ser eleito papa, segundo casas de apostas nos EUA
Escolha para eleger novo pontífice bate milhões de dólares

O mercado de apostas para a escolha do novo papa é um dos mais aguardados da indústria, até porque é um acontecimento que pode durar anos para acontecer. Apesar de não existir um número exato, ele movimenta bilhões de dólares se somadas todas as plataformas, o equivalente, por exemplo, a outro evento de bastante repercussão mundo afora, que é a eleição à presidência nos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, uma das companhias mais famosas e conceituadas neste modelo de apostas, a Polymarket, divulgou nesta quinta-feira, 8, que, até o momento, somente em sua plataforma. já foram movimentados 22 milhões de dólares somente em apostas para a escolha do novo Papa, e os números sobem de minuto a minuto.
“Os mercados norte-americanos são muito presentes quando falamos de apostas em eventos não esportivos. Recentemente tivemos um volume enorme para eleições americanas e o Oscar, mas esse especificamente é uma novidade, pois o mercado das bets quando aconteceu a última escolha do Papa, em 2013, que acabou tendo Francisco como o escolhido, ainda era muito incipiente. Essa movimentação de milhões não surpreende e mostra que o público em geral, e não apenas o brasileiro, gosta de apostar”, explica Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing.
O italiano Pietro Parolin, atual Secretário de Estado do Vaticano, aparece como o favorito, com 31%, seguido pelo filipino Luis Antonio Tagle, com 19%. Em terceiro e quarto lugares aparecem outros italianos; Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha, com 10%, e Pierbattista Pizzaballa, com 9%. “Estamos falando de um dos mercados não esportivos mais esperados e rentáveis do ano para a indústria, e isso se deve também ao bom trabalho de marketing realizado pelos operadores até então, além da segurança em países com mercados regulados”, afirma Ricardo Magri, especialista em desenvolvimento de negócios iGaming e diretor executivo da EBAC.
Até o ano passado, aliás, era possível realizar esses tipos de apostas no Brasil, que para a eleição dos EUA, esteve entre os cinco países do mundo que mais realizaram apostas para essa modalidade. Isso, no entanto, mudou, a partir da regulamentação do setor no país, em janeiro deste ano. Por meio da Lei nº 14.790/2023, as novas regras limitaram as apostas no país a duas categorias: de eventos reais de temática esportiva e dos jogos virtuais com resultado aleatório.
“As apostas em resultados de eleições, Oscar, programas de entretenimento e opção para escolher o novo Papa são muito comuns, principalmente nos EUA. No Brasil, a lei que autorizou a exploração das apostas em modalidade de quota fixa limitou essa modalidade a apostas em eventos reais de temática esportiva ou eventos virtuais de jogos online, o que veda a exploração de apostas no resultado das eleições”, explica Raphael Paçó Barbieri, advogado especializado e sócio da CCLA Advogados.