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No Dia do Nordestino, ator explica por que região prefere Lula

Edmilson Filho fala de ‘Cine Holliúdy’, de xebofobia e de política

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 out 2022, 10h00

Protagonista do filme e série Cine Holliúdy, que está na segunda temporada na TV Globo, Edmilson Filho analisa o sentimento de esquerda vivido pela maioria dos nordestinos e refletivo no primeiro turno das eleições com voto em Lula (PT). Neste sábado, 8, quando é comemorado o Dia do Nordestino, o ator conversou com a coluna sobre os rumos políticos do país. E na próxima quinta-feira, 13, Edmilson estreia no cinema a comédia Bem-vinda a Quixeramobim, que se passa em terra natal, Ceará.

Você está gravando a terceira temporada de Cine Holliúdy. Qual é a importância desta série pra você? É uma representatividade da nossa comédia nordestina. Essa é a grande virada do Cine Holliúdy, a gente conseguir trazer para TV aberta a nossa comédia. E com um elenco pouco conhecido do grande público, mas artistas que trabalham com comédia há muito tempo. Por isso o trabalho vem com uma alta qualidade de aceitação de público.

No primeiro turno, o Nordeste votou massivamente em Lula. Como explicar isso? O nordestino vê de perto o que foi que o governo do Lula, nos últimos 12 anos, fez. Uma coisa que eu sempre falo aos amigos é que em 1986 teve uma seca muito grande no Ceará. E eu lembro que eu era pequeno, na época tinha 10 anos, e via as pessoas vindo do sertão tipo The walking dead, retirantes mesmo, pedindo prato de comida.

Como isso te marcou? Tem uma cena que nunca esqueço, um sertanejo desses parou em frente lá em casa… Minha mãe deu um prato de comida e este senhor, e ele vomitou tudo, do estômago tão pequeno, de fome, que ele estava passando. Isso você não vê mais no Nordeste há muito tempo. No governo Lula, era uma época de fartura. Você não via mais as pessoas andando em cima de cavalo, de mula, era todo mundo comprando sua motinha, televisão. Lá o pessoal tem uma memória disso.

E o que faz o Nordeste ser de maioria esquerda? Tudo de importante que aconteceu no Brasil passou pelo Nordeste. O Brasil foi descoberto lá. Rio, São Paulo, foram nordestinos que criaram. Quando teve a borracha na Amazônia, os nordestinos que foram lá. Da onde você pensar o Brasil, o Nordeste passou por lá. Os nossos antepassados tinham acesso maior a entender o que é esse Brasil como um todo. Você vai pela arte, os músicos, os comediantes, os escritores nordestinos… Tem toda uma troca, uma coisa humana. Essa coisa de esquerda talvez represente isso, até inconscientemente, para o povo nordestino.

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Também é forte o preconceito nas redes sociais, não? A xenofobia vem de gente totalmente despreparada, culturalmente e emocionalmente. É a inteligência emocional de ter carinho pelo próximo, porque todos somos brasileiros. Cada vez mais são pessoas, que às vezes até têm formação acadêmica, mas você vê que têm visão deturpada da realidade.

Você já sofreu xenofobia? Muito pouco. Eu já chego com confiança, então essas pessoas olham diferente. Por conta da minha forma de me apresentar, de como valorizo o Nordeste, eu chego com força tão grande que as pessoas falam: “vixi! Esse negócio é bom”. Isso é contagiante. E meu trabalho tem muito disso, de unir através do humor.

E no segundo turno das eleições, tem mais esperança ou mais medo? Eu não vibro no medo. Fico pensando como existem colegas, artistas, que vivem da cultura e apoiam um presidente que é contra todo esse tipo de atividade cultural. O cinema brasileiro perdeu muito nesses últimos quatro anos, a gente lutou tanto para conseguir um cinema forte e você vê que teve uma queda gigantesca das produções. Mas acredito que, num futuro muito em breve, a gente consiga ter essa retomada, contar as nossas histórias pelo Brasil. O Brasil quer se ver na tela.

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