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Luciana Vendramini: ‘Lolita e ninfeta são termos poéticos’

Rafael Aloi Símbolo sexual dos anos 1980, quando foi eleita Garota do Fantástico, Luciana Vendramini reencontrou seu ethos sensual no palco do Festival Satyrianas, em São Paulo, onde se apresentou como… uma boneca inflável. A atriz, recém-saída de uma participação em Escrava Mãe, a novela de época da Record, foi a protagonista do monólogo Minha […]

Por Rafael Aloi Atualizado em 30 jul 2020, 21h16 - Publicado em 23 nov 2016, 15h38
Luciana Vendramini

Luciana Vendramini

Rafael Aloi

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Símbolo sexual dos anos 1980, quando foi eleita Garota do Fantástico, Luciana Vendramini reencontrou seu ethos sensual no palco do Festival Satyrianas, em São Paulo, onde se apresentou como… uma boneca inflável. A atriz, recém-saída de uma participação em Escrava Mãe, a novela de época da Record, foi a protagonista do monólogo Minha Vida de Plástico, que pretende pôr em circuito em 2017. Ela jura não trazer experiências pessoais para a peça, sobre uma boneca que não suporta mais ser tratada como objeto de desejo e ter pedido espaço para as mais novas. “É o desabafo de um objeto sem voz”, conceitua. “Eu não entendia quando me chamavam de símbolo sexual. Cheguei a ficar horrorizada, porque pensei que era algo ligado a sexo, e eu era virgem.”

Confira abaixo a entrevista completa com a atriz:

Você pretende entrar em turnê com a peça?  Pretendo estrear ano que vem. Era para ser só um exercício de leitura encenada, mas estou cada vez mais querendo estar em cartaz com ele, e também pelo recado e questionamento que o texto provoca.

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Que tipo de questionamento seria? É o desabafo de um objeto sem voz, mas que tem muito que dizer depois de anos sendo usada apenas para satisfazer os desejos alheios. Toda mulher se identificará com ela. A vitória de Donald Trump também diz muito sobre isso. Será que a mulher tem mesmo voz, e qual a sua extensão? Em casa e na liderança de um país como o Brasil ou os Estados Unidos. A peça é uma metáfora sobre a situação da mulher como indivíduo até hoje, apesar dos avanços do feminismo dos anos 1960, quando, historicamente, ela passa a ter representatividade. É o resgate do feminino na mulher e no homem, do amor e da voz como arquétipo. Necessária para um momento em que os valores éticos têm sido questionados e em que ouvir o outro revela-se, infelizmente, um diálogo de surdos.

Fez uso de alguma experiência pessoal para viver essa personagem? Nenhuma. O que eu gosto na peça é o questionamento.

A boneca não suporta mais ser tratada como símbolo sexual. Isso é algo que você enfrentou na sua carreira também? Não diria que sofri, mas não entendia muito quando falavam que eu era símbolo sexual, já que na época era virgem e posava com muita naturalidade. Esses títulos de ninfeta, Lolita, símbolo sexual, me deixaram mais tímida do que era. Lembro que na época, quando falaram em símbolo sexual, fiquei horrorizada, porque pensei que tivesse algo ligado a sexo, já que eu era virgem. Foi engraçado até.

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Hoje em dia como você se sente quando ouve estes termos?  Eu acho ótimo, Lolita e ninfeta são bem poéticos. Algumas mulheres podem dizer que são meio antigos e machistas, mas não me incomodam, porque rótulos os outros nos dão, não peço. Isso não quer dizer que eu os absorva ou os incorpore. Não tenho como, nem quero, controlar a opinião dos outros. Sou a favor da liberdade de expressão. Se for ofensivo, me defendo. Se for apenas uma frase, faço como Woody Allen, elogios ou críticas negativas têm o mesmo princípio, são pontos de vistas alheios, o que me interessa vem depois.

O teatro é sua prioridade agora ou você tem projetos de novela e televisão também?  Gostaria de focar um pouco mais no teatro agora. Antes, estava fazendo novelas, séries e meu programa sobre as divas do cinema brasileiro, que não deixarei de fazer. Mas agora é o teatro que está me chamando.

A personagem reflete uma mulher sem voz e que foi usada por outros. Você já sentiu assim?  Nós mulheres só existimos historicamente dos anos 1960 pra cá. Hoje, ainda ganhamos menos e somos vistas como objetos por muitos homens. Mas eu nunca me senti assim, não. Desde os meus 14 anos eu já falava e sabia o que queria.

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Já sofreu assédio no seu trabalho?  Nunca sofri assédio, mas cantadas, sim, quem não né ?

Mas é algo que chega a incomodar? Incomoda meu lado tímido, sim, ainda mais quando não se tem interesse na pessoa que está dando a cantada, fico super sem graça, saia justa total.

 

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