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Juliana Martins: ‘Gosto de sexo, mas sou boa mãe’

Em cartaz com ‘A Dona da História’, atriz da primeira ‘Malhação’ fala sobre arrependimentos, liberdade sexual e desejo de voltar à TV

Por Nara Boechat 20 out 2024, 17h00

Quase 30 anos depois de Marieta Severo subir nos palcos em A Dona da História, Juliana Martins, que viveu a primeira protagonista de Malhação (1995), decidiu resgatar a peça que faz reflexão sobre decisões tomadas no passado. O momento escolhido não foi por acaso. A artista completou 50 anos recentemente e viu no teatro uma maneira de refletir sobre “o tempo e a vida”. À coluna GENTE, Juliana conta como foi a montagem ao lado da atriz Maitê Padilha, fala de antigos arrependimentos e o desejo de voltar às novelas, onde começou a carreira.

O que a levou a esta peça? Dois caminhos. Primeiro foi quando conheci a Maitê [Padilha], que era da minha sala na CAL [Casa das Artes de Laranjeiras]. Desde o primeiro dia me vi na Maitê, tanto por ela ser atriz mirim, quanto pelo jeitinho dela. Além disso, desde que fiz 50 anos, tenho pensado muito sobre o tempo, e a peça fala sobre isso. Acho que calhou para o meu momento. A peça é sobre tempo e vida.

A peça revisita as escolhas do passado. Tem algum arrependimento na vida? Tenho, claro. Mas são pontuais, ando pensando sobre isso. Me arrependo só de ter feito faculdade aos 47 anos. Já tinha feito antes, mas nunca me formei. E não administrei bem meu dinheiro. Mas as escolhas da vida, com quem me casei, filhos que tive e a profissão que escolhi, disso não me arrependo. 

Há alguns anos, a senhora fez o monólogo O prazer é todo nosso, sobre liberdade sexual. Como esse tema te toca? É natural. A gente tem que naturalizar isso. Fica mais fácil todo mundo, principalmente as mulheres, falarem naturalmente sobre sexo. As pessoas sexualmente satisfeitas são mais felizes. Mulher gosta de sexo, sim. Gosto de sexo, mas sou boa mãe, boa filha, profissional séria, romântica e monogâmica. Naturalizar isso seria bom para os homens também, porque nosso feminismo liberta os homens do machismo.

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O tema do aborto é outro que nunca sai do centro dos debates. Qual é a sua opinião sobre isso? Vem da liberdade feminina e religiosa, porque a crença põe a culpa na mulher. Ninguém faz aborto porque quer. Ninguém fala: “Oba, hoje a lua está cheia, vou abortar”. Não é assim. É um assunto de saúde pública, da não-culpa. Sou totalmente a favor do aborto com condições para mulheres. Quem sofre com isso são as mulheres.

Já fez aborto? Não. Só fiquei grávida da minha filha.

A escalação de influenciadores em novelas tem gerado polêmica. Como enxerga os novos rumos da profissão? É muito delicado. Pelo respeito com a profissão, é preciso ter registro profissional. Mesmo que você seja um talento, exploda e vá parar em novela, com certeza vai melhorar se estudar, entender esse universo, trocar melhor com outros atores e entrar no mundo da sua profissão. 

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Ter sido a primeira protagonista de Malhação te marca ainda hoje? Tanto Malhação quanto A Gata Comeu me marcaram muito. Tem gente que assistiu à novela e lembra de mim, chora quando me encontra na rua. Já Malhação foi um programa feito para jovens, quando ainda não tinha internet. A gente era um canal de comunicação com outros jovens.

Tem vontade de voltar para a TV? Tenho, faço eventualmente [produções para] streaming está crescendo bastante. Agora quero colocar minhas peças na rua, e as outras coisas não cabem a mim.

SERVIÇO: A Dona da História está em cartaz até o dia 27 de outubro, no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema, Rio.

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