A autora Jenny Han fala de seu livro adaptado para a Netflix
Mais de 80 milhões de pessoas viram alguma comédia romântica na NetFlix nos últimos meses
Um relatório recente da Netflix revelou que mais de 80 milhões de assinantes ao redor do mundo assistiram algum filme do gênero comédia romântica em 2018. Um dos grandes destaques é Para Todos os Garotos que Já Amei, um dos longas mais assistidos da plataforma. A obra é uma adaptação do romance homônimo da autora americana Jenny Han, de 38 anos. Lançado em 2014, o sucesso do site de streaming foi responsável por aumentar as vendas dos três livros da série, que seguem na lista dos mais vendidos de VEJA. A seguir, uma entrevista com a autora:
De onde veio a inspiração para o livro?
Quando eu estava no ensino médio, para superar meus sentimentos, costumava escrever cartas para os garotos. Só que eu escrevia e colocava em um envelope – mas nunca enviei. E daí eu me perguntei: o que aconteceria se as cartas fossem, de fato, enviadas? Daí veio a ideia do livro.
Existe um segredo para escrever um livro de sucesso?
É escrever uma história com a qual as pessoas se identifiquem, isso é fundamental. Mas não basta. Há fatores dos quais não temos controle algum. Por exemplo, o que está acontecendo no mundo naquele momento e que pode fazer as pessoas terem algum interesse.
Qual a diferença entre o livro e o filme baseado no mesmo?
O filme atinge uma audiência maior. Pessoas que talvez não pegassem esse livro na livraria, ou que nunca tivesse ouvido falar, acabam conhecendo a história. Livros e filmes são duas coisas diferentes.
O Netflix vem lançando muitas comédias românticas, gênero esquecido no atual mundo cinematográfico.
Eu fico feliz porque realmente há uma falta de comédia românticas comparado ao período em que eu era adolescente. Hoje, há mais filmes de ação, de super-heróis…
Mesmo com o sucesso do filme, o livro também tem vendido bastante. Desde o lançamento da Netflix, os três livros permanecem na lista dos dez mais vendidos de VEJA.
Ao contrário do que se imagina, os adolescentes leem mais que os adultos. A tecnologia pode estimular a leitura. No meu Instagram, o Brasil sempre esteve no top 3 da origem dos meus seguidores. Os leitores de hoje são muito apaixonados e têm mais opções de livros para escolher do que as gerações anteriores. Eles sabem do que gostam e são leais a isso. É legar ter uma audiência engajada.