Glória Maria revela casos de racismo vividos pelas filhas na escola
Segundo a jornalista, casos ocorreram nas escolas onde as adolescentes de 14 e 13 anos estudam; "Nada blinda o preto do preconceito", disse
Um dos maiores nomes do telejornalismo brasileiro e ícone da luta antirracista no país, Glória Maria, de 72 anos, disse que “nada blinda o preto do racismo”, nem mesmo a fama.
“Nada blinda o preto do racismo, ainda mais a mulher preta. O homem preto não quer a mulher preta. Você precisa aprender a se blindar da dor. Se você for esperar o ‘blindamento’ universal, estará perdida”, afirmou.
As falas foram ditas durante sua primeira entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, que foi ao ar na última segunda, 14.
Segundo ela, nem mesmo as filhas, Maria, de 14 anos, e Laura, 13 anos. Enquanto a primeira ouvir que a cor de sua pele era feia, a segunda foi chamada de “macaca” por um colega de turma.
“Quando a criança disse isso, ela queria machucar a minha filha. E a maneira que ele tinha de fazer isso era ofender racialmente. Isso que eu acho trágico. Se ele sabe que chamar de macaca é uma ofensa racial, é porque foi ensinado”, analisou Glória.
A jornalista falou também sobre seus planos de viagem. “Estou querendo ir para Marte numa dessas máquinas. Seria um grande presente da Globo. Tomara que tenha algum poderoso ouvindo a gente”, brincou.