Ex-novelista da Globo dispara sobre culpados pela baixa audiência atual
Aos 87 anos, autor de clássicos da emissora é o convidado do programa semanal da coluna GENTE

Lauro César Muniz é um dos nomes responsáveis pela qualidade da teledramaturgia brasileira. Autor de novelas clássicas como Escalada (1975), O Casarão (1976), Espelho Mágico (1977), Roda de Fogo (1986) e O Salvador da Pátria (1989), se destacou pela ousadia narrativa. Aos 87 anos, é convidado do programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ e também na versão podcast no Spotify). Ele diz por que não assiste ao remake de Vale Tudo; recorda os bastidores conturbados de Aquarela do Brasil (2000), sua última novela na Globo; e a frustração com a passagem pela TV Record. Sem meio-termo, cita o embate que teve com o diretor Jayme Monjardim e a briga com Dina Sfat (1938-1989), atriz de alto escalação que chegou a pisotear num capítulo de sua novela. Lauro também analisa a atual crise que se abateu na audiência do horário nobre da TV Globo.
“O que tenho visto é que os capítulos hoje se repetem muito e ao chegar no meio já estão marcando pontos como eram no início… Tem ponto certo para mudar. Tem uma estrutura que se modifica com o decorrer dos capítulos. É muito importante mudar as novelas em relação ao tempo. O espectador quer rever coisas, sim, mas quer que a coisa continue mudando, dando aos personagens caminhos diferentes”, diz.