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Entenda as condições que afetaram a gravidez de Lexa

Médicos ginecologistas obstetras explicam pré-eclâmpsia precoce grave e síndrome HELLP

Por Giovanna Fraguito 10 fev 2025, 17h53

A cantora Lexa anunciou, nesta segunda-feira, 10, a morte da sua filha Sofia, nascida no dia 2. A criança faleceu no dia 5 em decorrência de complicações causadas por um quadro de pré-eclâmpsia precoce grave e síndrome HELLP, motivo pelo qual Lexa estava internada desde janeiro. O ginecologista obstetra Fernando Prado, diretor clínico da Neo Vita, e o ginecologista obstetra Nélio Veiga Junior, Mestre e Doutor em Tocoginecologia pela UNICAMP, explicam as condições da doença.

“Na pré-eclâmpsia grave, além da pressão alta, há o acometimento de órgãos, como rins, fígado, placenta e cérebro. Quando acontece precocemente, pode levar a consequências tanto para a mãe quanto para o feto. Uma dessas complicações é a síndrome HELLP (hemólise, elevação de enzimas hepáticas e queda de plaquetas), que, por sua vez, pode levar a insuficiência hepática e coagulação do organismo inteiro, o que é chamado de CIVD. Para o bebê, a principal complicação é a prematuridade. Além disso, se ocorreu algum problema de falta de oxigenação e desenvolvimento da placenta, essa criança tem restrição de crescimento, o peso fica baixo e os órgãos principais acabam não se formando. Então essa criança pode não resistir fora do útero por uma falta de maturidade de alguns órgãos, principalmente o pulmão”, explica Fernando.

“Afetando de 5 a 10% das gestantes, a pré-eclâmpsia é uma condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial após a 20º semana e acompanhadada de proteinúria ou sinais clínicos/laboratoriais de lesão de órgãos. Sabemos também que a pré-eclâmpsia está diretamente relacionada a fatores como histórico pessoal ou familiar de hipertensão ou pré-eclâmpsia, idade acima dos 35 anos, gestação decorrente de reprodução assistida (fertilização in vitro), obesidade, diabetes e gestação gemelar. Sintomas da pré-eclâmpsia incluem inchaço, principalmente das pernas, dor de cabeça severa, alterações visuais, como surgimento de pontos brilhantes e visão turva, dores abdominais, especialmente na região do estômago. O diagnóstico é realizado por meio da medição da pressão arterial, observação dos sintomas, avaliação do histórico clínico e familiar da paciente e realização de exames laboratoriais, tanto de sangue quanto de urina, para verificar a presença de proteína”, acrescenta Nélio, que diz que, em casos graves, a doença ainda causa convulsões, insuficiência cardíaca e renal.

Com base no diagnóstico e na gravidade do quadro, o médico poderá recomendar o tratamento mais adequado para cada caso. “Em casos mais leves, por exemplo, apenas a adoção de um estilo de vida mais saudável, principalmente com relação à alimentação, controle do peso e atividade física regular. Além disso, o uso do ácido acetilsalicílico (AAS) e suplementação de cálcio são recomendados para reduzir os riscos de desenvolver pré-eclâmpsia. Já nos casos mais graves, o tratamento geralmente é feito no hospital, com o uso de medicamentos para reduzir a pressão arterial e controlar o risco de convulsões”, afirma Nélio. “Dependendo da idade gestacional do bebê e da gravidade do quadro, o médico também pode recomendar a antecipação do parto ou a interrupção da gravidez”, diz Fernando.

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