Eduardo Bolsonaro provoca Moraes: ‘tirano de beira de estrada’
Ministro do Supremo Tribunal Federal abriu um inquérito contra o deputado federal

Eduardo Bolsonaro (PL) tem usado as redes sociais nesta terça-feira, 27, para expressar indignação após Alexandre de Moraes abrir um inquérito contra ele a pedido da Procuradoria Geral da República para investigar a atuação do deputado federal que vive nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Em publicações no X, o deputado afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é um ditador e um “tirano de beira da estrada”, acrescentando que ele e sua família estão sendo perseguidos.
“Outra característica bem comum em um regime de exceção é perseguir, ameaçar e prender os familiares dos dissidentes políticos que os denunciam intencionalmente. Não tendo como ameaçar ou prender os exilados, os regimes se voltam para os familiares que estão sob o árbitro dos tiranetes locais. Venezuela, Cuba, Coreia do Norte, China e, agora, o Brasil, adotam o mesmo modelo criminoso de perseguição estatal contra a família de dissidentes. Não esperava nada diferente do tirano de beira de estrada que envergonha a Justiça, ocupando indevidamente o cargo de ministro na mais alta corte do país. A transformação do estado brasileiro em uma organização criminosa está quase completa. Todas as sistemáticas violações dos direitos humanos universais só deixam a coisa toda mais clara, internacionalmente. Em breve, vocês irão pagar pelos seus crimes”, escreveu em um post respondendo uma matéria de VEJA.
Na decisão de Moraes, a Polícia Federal deve monitorar os conteúdos postados nas redes sociais de Eduardo e chame em até dez dias Jair Bolsonaro (PL) para depor – isto porque o STF entende que o ex-presidente é o responsável financeiro para estadia do deputado nos EUA. Segundo a PGR, as declarações de Bolsonaro são tentativas de “intimidar” autoridades públicas em relação ao processo que Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado. Na semana passada, o secretário de Estado dos EUA Marco Rubio fez um discurso insinuando possíveis sanções a Moraes, um possível sinal da forte influência do deputado no país.