Ed Sheeran compra parte de clube da Premier League; entenda motivo
Cantor adquiriu ações do Ipswich Town Football Club
O cantor Ed Sheeran adquiriu 1,4% do Ipswich Town, que disputa a Premier League, através de ações da Gamechanger 20 Ltd. O anúncio foi feito pelo clube na noite desta quinta-feira, 15. Ele se tornará sócio minoritário da equipe e vai ter o direito de utilizar um camarote executivo no Portman Road, estádio da equipe, por muitos anos. O Ipswich voltou a disputar a liga inglesa nesta temporada após 22 anos, e Ed é torcedor do clube. Além disso, ele já tinha uma relação próxima, pois era um dos patrocinadores oficiais dos times masculino e feminino, desde 2021. Recentemente, ele participou de um vídeo de divulgação da nova temporada do clube ao dirigir um trator. Em referência ao apelido ‘Os Garotos dos Tratore’, dado aos torcedores locais, pelo fato do time estar localizado numa região agrícola da Inglaterra.
“A entrada de personalidades, artistas e atletas como investidores em clubes junta uma expectativa financeira, mas não só isso, especialmente a visibilidade que a aproximação com o esporte traz, o chamado soft power. Isso envolve países, investidores e muito particularmente as personalidades da mídia. Não tem nada de irregular ou artificial em alguém querer fazer investimento em algo que possa ficar em evidência, ou que vai envolver algum componente intangível como uma paixão por algum clube, ou o interesse em mostrar sua participação em algo que atrai milhões de pessoas. Considero um movimento positivo, pois são mais recursos que vão tramitar no esporte. Se bem administrados, podem gerar uma melhoria da modalidade como um todo”, opina José Francisco Manssur, sócio do escritório CSMV Advogados e um dos autores do projeto de lei que criou a Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
“Acredito que todas as partes só tem a ganhar, com uma visibilidade que extrapola os padrões de marketing e publicidade. Perceba que em muitos desses casos, essas celebridades adquirem clubes menores, com alguma ligação emotiva, mas em ligas e países desenvolvidos e que podem trazer a potencialização de receitas, seja com a própria exposição ou novas parcerias”, acrecenta Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil, agência de experiências esportivas.
“É um movimento que aumentou muito no pós-pandemia. Levando em conta a boa gestão, é uma associação que só tem a ganhar. Os clubes, quando adquiridos, se vêm fortalecidos por um comprador que possui credibilidade em seu ramo, disposto a impulsionar ainda mais seus rendimentos. Ao mesmo tempo, uma instituição esportiva tem o poder de atrair milhões em receitas, com exploração da ativos principais do, novos negócios em arenas e patrocinadores. Se bem sucedido, os ganhos com imagem são infinitos”, complementa Ricardo Bianco Rosada, fundador da consultoria brmkt.co, que atua nas áreas de Estratégia, Branding, Marketing e Desenvolvimento de Negócios.