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Diplomata lança livro de poesia baseada em sua trajetória em dez países

Em ‘A Poesia Cura’, Raul de Taunay conta experiência ao longo de décadas de trabalho pelo mundo

Por Nara Boechat 10 nov 2024, 16h00

Após décadas de trabalho como diplomata, Raul de Taunay, 75 anos, resolveu registrar toda sua trajetória ao longo do tempo no livro A poesia Cura (Ed. 7Letras), lançado em outubro deste ano. Na obra, o escritor relata sua experiência em países como Angola, Índia, Emirados Árabes, Tchecoslováquia, Itália, Moçambique, Coreia do Norte, França, Congo e Porto Rico, retratando também suas culturas, relações sociais e questões históricas.

A Poesia Cura representa para mim o fim de uma longa época vivida no exterior e o início de uma nova fase no Brasil. Dividi o livro em uma trilogia com o objetivo de percorrer formas distintas de louvar os versos. A primeira parte, trago o histórico da arte poética ao longo dos tempos, em que, tantas vezes, poetas abriam suas vísceras para entreter, encantar e aliviar as dores das populações. Na segunda, procurei reunir pensamentos filosóficos e existenciais, influenciados pelas questões de nosso tempo. Na última parte, reuni os poemas que fiz nos últimos dois anos, no prazer inusitado de concluir a obra nadando em um mar de encantos poéticos”, comenta o poeta com a coluna GENTE.

Bisneto de Visconde de Taunay (1843-1899), um dos que inauguraram a Academia Brasileira de Letras, Raul é formado em Direito pela PUC-RJ e tem quatro romances, oito livros de poesia e um livro de contos. “Ao longo da vida, me refugiei na poesia, escrevendo ou lendo, sentindo nela uma entidade viva que me trazia a sensação revigorante de estar diante de um elixir terapêutico mágico. Boa ou ruim, longa ou curta, rimada ou não, a poesia vem sempre como um fio condutor dos princípios fundamentais do humanismo, o antídoto contra a negatividade, o desânimo, a tristeza, uma vez que sua delicadeza embala a mente, desenterra o coração e afasta o inconsciente doentio que há em nós, num rito de depuração espiritual. Leiam poesia, qualquer uma, e se sentirão mais leves”, completa ele, que ganhou a Medalha João Ribeiro pela Academia Brasileira de Letras, em 2005.

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