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Daniela Mercury quer show político no Rock in Rio: ‘celebração’

Em entrevista à coluna GENTE, cantora ressalta o festival como palco para debates

Por Nara Boechat 20 set 2024, 10h00

Daniela Mercury, 59 anos, é uma das artistas que vai se apresentar no Dia Brasil do Rock in Rio, neste sábado, 21, com a programação dedicada à música brasileira. Em conversa com a coluna GENTE, a cantora rebate as críticas “fora de moda” sobre a escalação de alguns gêneros musicais, como o sertanejo, para o festival; além de ressaltar a importância do evento como palco parar temas políticos e sociais, presentes em suas músicas.

O que acha das críticas feitas à entrada de outros gêneros, como o sertanejo, no Rock in Rio? É uma experiência fantástica para as pessoas entenderem que elas amam tudo isso e que foi-se o tempo de ficar separando o que é bom do que é ruim em termos de cultura popular. Isso está fora de moda. A gente põe esse nome MPB para ficar chique, mas a MPB nasceu da cultura popular. É uma música que vem inspirada em manifestações populares, da população de cada região do país. Isso é lindo. É o que somos e é o que todo mundo ouve todos os dias e em todos os lugares.  

O Rock in Rio de 2022 foi muito politizado. Como analisa o desse ano? Está mais calmo. A gente tem um presidente democrático e estamos comemorando quase 40 anos da democracia. Esse é um ótimo mote para os 40 anos do Rock in Rio. Sempre digo que o axé chegou junto com a democracia brasileira. A gente retomou a música popular brasileira nas rádios a partir daquele momento. É um momento de reafirmar nosso desejo pela democracia, que é sempre maravilhosa e desafiadora. É uma escolha contínua.

Há espaço nesses eventos do tamanho do Rock in Rio para manifestações políticas? Isso é muito importante. Para mim, tudo que vem da arte… Toda manifestação em conexão com o seu tempo que a arte possa trazer é sempre bem-vinda, porque ela já agrega pela beleza, pela capacidade de coesão, pela alegria que traz, pelo sentido de coletividade, de identidade, afeto pelo que é nosso, de relação com a cultura. A arte é uma expressão importantíssima do que somos. A gente toda hora fala que os brasileiros aprendem a lidar com suas emoções através da música, que a música é muito importante como educador emocional. O Brasil é um país de cultura oral e, por isso, a gente está no melhor lugar do mundo para expressar pela voz, que é o Rock in Rio.

O que vai abordar nas suas músicas? Trago a alegria comigo. Vim falando de vários assuntos de uma maneira positiva, afirmativa, porque isso é o axé. O jeito do axé é um jeito Rita Lee de ser, trazendo assuntos duros de maneira mais rítmica, como o racismo. A música brasileira é política. Tudo é político. As causas sociais e as causas do mundo são minhas pessoais. Encontrei um jeito de trazer força e resistência com a alegria possível dentro das canções, com a rítmicas fortes, com coreografias vibrantes literais para as pessoas se emocionarem e terem orgulho da dança afro-brasileira, de serem quem são, de sermos de todas as cores de pele, de termos orgulho da nossa população negra e da ancestralidade indígena. Essa é a minha provocação. 

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O que levará ao Rock in Rio? Venho com um show muito, muito forte e vibrante, com música emblemáticos da minha carreira, junto com as mais novas. Vocês vão ter um apanhado da minha história ali. E, ao mesmo tempo, um anúncio do futuro. Porque esse último álbum meu, Baiana, celebra os 40 anos de carreira. Quero levantar o Rock in Rio em todos os aspectos, levantar a autoestima e movimentar os corações e os corpos. Sou especialista em celebração, brasilidade é comigo mesmo e energia que não me falta. Me diverti com a provocação de fazer esse show. Deu um trabalho danado para fazer, em pouco tempo, esse poder de síntese para quem faz seis horas de trio elétrico. Vocês vão dançar bastante.

Recentemente, surgiram acusações de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, incluindo as da ministra da Igualdade Racial Anielle Franco.  Chegou a conversar com eles? Estou muito sentida e entristecida com essa possibilidade, com essa situação que veio à público de maneira inesperada e surpreendente, no pior dos sentidos para todos nós. É uma questão que precisa ser resolvida em outros âmbitos nesse momento. Sei que repercutiu em mim imensamente. Foi muito impactante para todo mundo, triste.

Ainda é próxima de Silvio Almeida? Já estive com eles [Silvio Almeida e Anielle Franco] em várias vezes nos meus trabalhos. Sou embaixadora do Unicef, estou trabalhando pela proteção dos indígenas e fazendo um formulário que criei junto com o grupo do Observatório dos Direitos Humanos e que vamos lançar agora no CNJ, junto com o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. Estou com muitas questões que têm a ver com todos. Trabalho sistematicamente em prol das mulheres, nas questões LGBTQIA+ e das crianças. Está tudo ligado com os direitos humanos e com a luta. Então, conheço, sim, e sinto muitíssimo, porque sempre tive uma relação muito cordial com todos os dois.  (…) Agora, se aconteceu isso ou não, está no âmbito da justiça.

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