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Conheça a ‘doença da Barbie’: os limites do corpo perfeito   

Pessoas que buscam se transformar em ícones infantis sofrem de dismorfia corporal 

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 Maio 2024, 00h06 - Publicado em 24 jul 2023, 17h20

O lançamento do filme da boneca mais famosa do mundo traz a reflexão sobre pessoas que buscam se transformar em símbolo de beleza inquestionável. Este fenômeno levanta um alerta sobre qual é o limite entre o irreal e o ponderável quanto ao corpo. De acordo com o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-RJ, André Maranhão, o anseio em ser a desejável Barbie pode estar ligado à doença. “É como qualquer paciente que chega com uma foto querendo se tornar outra pessoa, ou ter essa ou aquela característica de algum famoso. Toda cirurgia ou procedimento tem indicações precisas e limites para a estrutura corporal existente, qualquer solicitação fora disso precisa de uma abordagem mais detalhado do profissional e eventualmente aconselhamento psicológico”, afirma.

A dismorfia corporal, também chamada de Transtorno Dismórfico Corporal, é uma doença psiquiátrica em que a pessoa se vê de forma distorcida da realidade. O paciente passa a enxergar “deformações” em seu corpo que ninguém mais vê, conhecido como “defeitos imaginários”. No jargão da moda, seria a “doença da Barbie”. “Graves lesões, por vezes irreversíveis, podem ser geradas, principalmente se caem em mãos não habilitadas para tratamentos estéticos. É preciso que se entenda, a medicina é muito ampla e trata de múltiplos órgãos e sistemas interligados, para se realizar qualquer tratamento há necessidade de conhecer os riscos e como resolver problemas de procedimentos mal sucedidos que ocorrem com qualquer um. Qualquer tecido humano mexido pode apresentar fibroses, distensões desligamentos, que dificultam a reversão. Portanto, deve se ter parcimônia quando tratamos de transformações corporais irreais. Procedimento cirúrgico somente com cirurgião plástico”, alerta Maranhão.

 

 

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