Como Suzana Pires pretende ocupar ‘espaços’ em Hollywood
Atriz protagoniza o filme ‘Câncer com Ascendente em Virgem’, em cartaz no Brasil

Protagonista do filme Câncer com Ascendente em Virgem, da autora e diretora Rosane Svartman, 55 anos, Suzana Pires, 48, passou por uma mudança radical para viver a personagem. Ela, que também assina o roteiro, raspou o cabelo em cena. O filme é baseado na história da produtora Clélia Bessa, 62, que teve câncer de mama em 2008 e durante o tratamento produziu um blog e livro com o título Estou com Câncer, e Daí?. Para a coluna GENTE, Suzana falou sobre carreira e a rotina em Los Angeles, onde mora e trabalha há três anos.
Como foi passar por essa mudança para viver a personagem? A gente tinha uma piada na sala de roteiro desse filme que era: ‘Você está lembrando que é a atriz que vai fazer?’ (risos). Depois de três anos e meio trabalhando em cima do roteiro, me preparando como atriz, chegou a hora da cena, e foi muito fluido. Não sofri. Achei tudo cabalístico. Marieta Severo raspando a minha cabeça acho uma benção. É uma renovação.
Pretende manter o cabelo mais curto? Sim. Porque agora tem perucas melhores que o nosso cabelo. Correto? Já usei várias diferentes. Posso manter o meu cabelo curto e, se for fazer um trabalho que peça cabelão, a gente bota uma peruca maravilhosa e vamos.
Você quis contar essa história do filme. O que te motivou tanto? A Clélia é a dona da história, e me convidou para ser ela. A gente criou uma personagem, mas a essência é a Clélia. Para escrever e para montar essa equipe, desde o início, o que fiz foi entender o blog. Quais eram as datas, os personagens, um trabalho técnico, para depois começar a escolher o que entraria no filme e a partir daí, um longo caminho até o que foi filmado.
Falando no filme, acredita em astrologia? Acredito, amo, faço meu mapa, faço trânsito todo ano. Conheço mais de mim, porque minha astróloga é especializada em autoconhecimento. Por exemplo, gosto de saber quais são os meus desafios no próximo ano.
Como é a rotina nos Estados Unidos? Essa rotina já está bem confortável para mim, de trabalhar aqui e lá. Trabalho como roteirista na Amazon e na Sony, são duas séries diferentes. Estou trabalhando muito. Não estou lá, tipo, indo à Disney. Estou dentro de uma sala de roteiro criando. Começou há três anos, no Avalon Studios. Adoro a cidade, sou eu, meu cachorro e amigos. A galera do Brasil lá é bacana. Os atores, produtores, diretores… A gente tem um grupo coeso para tirar dúvidas, falar as coisas, conto com eles. A única coisa que quero é que nós, mulheres, entremos lá. A gente tem que ocupar cadeirinhas.