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Como produtores colocaram o azeite brasileiro entre melhores do mundo

Bia Pereira e Bob Costa comemoram inclusão no ranking Evooleum Awards

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 Maio 2024, 00h14 - Publicado em 18 jul 2023, 11h56

Em Santo Antônio do Pinhal, município paulistano no topo da Serra da Mantiqueira, a jornalista Bia Pereira, 68, e o empresário Bob Costa, 60, foram atrás dos melhores profissionais para começar uma produção de azeite. As duas primeiras safras, extraídas em 2018 e 2019, foram distribuídas apenas para a família. Mas dali em diante, o casal fundou a marca Sabiá e não parou mais. Agora, o azeite também é produzido em Encruzilhada do Sul (RS). “A gente experimentou na região um azeite fresco, totalmente diferente do que estava acostumado a consumir, e aí decidiu escolher a oliveira para cultivar. É uma coisa nova no Brasil, o primeiro azeite foi extraído há 15 anos, é uma cultura de oito mil anos, mas aqui no Brasil não tem nem 15 anos”, relata Bia. Ela também conta que a mão de obra foi um investimento no negócio e que precisaram de cursos em outros países, como Itália e Chile, para aprender sobre a produção. 

A série de cuidados vem dando resultado: com apenas quatro safras comercializadas, eles acumulam oitenta prêmios internacionais – como em março de 2023, em que o azeite ficou entre os 10 Melhores Azeites do Mundo no prêmio espanhol Evooleum Awards. É a primeira vez que um azeite fora do Mediterrâneo entra no ranking, considerado o Oscar desse tipo de produto.  “O consumidor brasileiro está acostumado com o azeite que vem da Europa, de safras passadas, então está aprendendo [a consumir azeite premium], nós mesmos não conhecíamos”, diz Bia.

Parte do trabalho da fazenda é relacionado ao turismo agrícola, com o intuito de educar e degustar o azeite fresco. “O azeite, quanto mais fresco melhor, isso é fundamental, por isso que o produto brasileiro é melhor do que qualquer importado. Se você esperar todo o processo de exportação e importação, o tempo que fica no navio, a temperatura que chega o contêiner, o azeite não é o mesmo que estava lá”, explica. 

 

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