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Como príncipe Andrew é citado em livro de suposta vítima de Epstein

Obra é lançada meses após a morte de coautora

Por Nara Boechat SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 16 out 2025, 12h22 - Publicado em 16 out 2025, 12h19

Príncipe Andrew, Virginia Giuffre e Ghislane Maxwell, em Londres (./Reprodução)

O príncipe Andrew voltou ao centro das acusações envolvendo o escândalo sexual de Jeffrey Epstein após a publicação póstuma do livro Nobody’s Girl: A Memoir of Surviving Abuse and Fighting for Justice (Garota de Ninguém: A memória de sobreviver ao abuso e lutar por justiça, em tradução livre), de Virginia Giuffre, que diz ter sido vítima de tráfico sexual pelo empresário. Na obra, a norte-americana relata três encontros sexuais com o duque de Iorque, incluindo um episódio que teria ocorrido durante uma orgia na ilha privada de Epstein, nas Ilhas Virgens dos Estados Unidos.

Giuffre, que contou sua história em entrevistas e processos judiciais durante 16 anos, morreu em abril, aos 41 anos. Segundo o The Washington Post, semanas antes, ela enviou um e-mail para a ghostwriter e coautora de Nobody’s Girl, Amy Wallace, e seu assessor de imprensa, pedindo para que publicassem o livro, mesmo “no caso da minha morte”.

Virginia conheceu Epstein em 2000, quando tinha 17 anos e trabalhava no spa do clube Mar-a-Lago, do presidente Donald Trump, na Flórida. Ainda na publicação, Giuffre descreve o primeiro encontro com o príncipe, em 2001, na casa de Ghislaine Maxwell, em Londres, onde o irmão do rei Charles III teria acariciado seus pés. Andrew sempre negou as acusações e chegou a um acordo extrajudicial com Giuffre em 2022, sem admitir culpa.

As especulações de que Jeffrey Epstein estava envolvido em uma rede global de tráfico sexual seguem causando dor de cabeça para o governo Trump, que está sob pressão para divulgar mais registros relacionados às investigações. No fim do livro, Giuffre pergunta: “Onde estão aquelas fitas de vídeo que o FBI confiscou das casas de Epstein? E por que elas não levaram à acusação de mais abusadores?”.

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Ao longo dos anos, Giuffre começou a viajar com o bilionário e amigos. Em uma das ocasiões, foi à Londres e conheceu o Príncipe Andrew, filho da Rainha Elizabeth II. Por estar conhecendo um famoso, ela decidiu tirar uma foto e conseguiu, posteriomente, uma prova de que encontrou com o membro da família real. Segundo Virginia, ele abusou dela sexualmente e recebeu 15 mil dólares de Jeffrey pelo ato. Em uma festa de Halloween ela relatou que viu Donald Trump com a esposa Melania.

Outras viagens aconteceram até ela ser ‘despejada’ por Epstein e os amigos. Em 2015, ela falou à polícia sobre o caso e fundou uma organização para mulheres vítimas de abuso. Virginia cometeu suicídio em 2022, na Austrália, mas antes disso escreveu o livro que será lançado no dia 21 de outubro.