Como o Brasil vem se tornando um dos maiores adeptos de swing do mundo
Número de praticantes em plataformas para se conectar com outros casais aumentou 222%, segundo Andressa Tomazelli, diretora de marketing de aplicativo

Swing é uma prática bem comum no Brasil – pelo menos é o que demonstra as pesquisas da plataforma D4Swing, destinada a casais que procuram se aventurar sexualmente com outros parceiros. No Brasil, cerca de 222% de novos casais entraram no aplicativo em 2024, uma tendência que vem acompanhada da procura de relacionamentos não-monogâmicos. Em entrevista à coluna GENTE, a diretora de marketing e porta-voz do aplicativo Andressa Tomazelli explica não só como é possível abordar a conversa com seu parceiro (ou parceira), mas também como o preconceito é limitador para aqueles que procuram apimentar a relação.
Por que cada vez mais casais brasileiros adotam práticas de swing, da mesma forma que a a sociedade segue conservadora? Essa contradição acontece, porque a cultura brasileira tem uma mistura complexa de liberalidade e conservadorismo. Por um lado, o Brasil é conhecido por sua sensualidade, carnaval e uma abordagem mais aberta à sexualidade em alguns contextos. Por outro, há uma forte influência religiosa e moral tradicional que ainda molda a visão da sociedade sobre relacionamentos e comportamento sexual.
Por que alguns casais têm receio de fazer swing? O receio em praticar swing pode ter várias razões, geralmente ligadas a aspectos emocionais, psicológicos e sociais. Alguns dos principais motivos são ciúmes e insegurança, medo de abalar a relação, pressão social e tabus, falta de comunicação e alinhamento, experiências negativas ou histórias ruins, medo de sentimentos inesperados. Controlar o ciúme no swing exige maturidade emocional, comunicação aberta e um alto nível de confiança entre o casal.
Quais são os benefícios e malefícios de um casal fazer swing? O swing pode fortalecer ou abalar a relação, dependendo da comunicação e maturidade do casal. Os benefícios são a melhora de comunicação entre o casal, aumenta o desejo e cumplicidade, quebra a rotina sexual, traz novas experiências. Além disso, permite explorar fantasias sem traição e proporciona mais liberdade e autoconhecimento. Porém, o swing pode gerar ciúmes e insegurança, tem o risco de se envolver emocionalmente com a outra pessoa, às vezes algumas comparações podem afetar a autoestima. Esses malefícios podem desestruturar o relacionamento se não houver maturidade e também há o risco de DSTs se não houver proteção.
O swing é hoje a forma mais procurada pelos brasileiros para se apimentar uma relação? Sim, o swing pode ser uma forma de apimentar a relação, desde que ambos os parceiros estejam confortáveis e abertos a essa experiência. Para que a ideia seja bem recebida e não cause desconforto, a conversa deve ser conduzida com cuidado, respeito e transparência. Para conversar com seu parceiro? Escolha o momento certo, aborde o tema com leveza, explique suas intenções, esteja aberto a ouvir, define limites e expectativas, não force nada, e lembre-se tenha uma comunicação aberta e sem julgamentos.
A preocupação do sigilo segue em alta? O medo de ser reconhecido, embora ainda exista, está ficando para trás. Nossa plataforma garante total segurança e discrição, protegendo seus dados para que você explore novas conexões com tranquilidade. O D4swing oferece sigilo total em relação à identidade do usuário, se identificar ou não fica a critério de cada um.
Brasil, afinal, é o país do swing? O Brasil tem uma das maiores comunidades de swing do mundo, com diversos clubes, festas temáticas e uma cultura sexualmente mais aberta em alguns aspectos. Apesar de a sociedade ainda ser conservadora em muitos pontos, a curiosidade e a busca por novas experiências fazem com que o swing seja bastante praticado no país. O swing não é para todos, mas para quem pratica, pode ser uma forma de redescobrir o prazer a dois com cumplicidade e respeito.
É possível que um dia o swing não seja mais um tabu? Falar sobre swing pode ser leve e natural se abordado com bom humor e sem julgamentos. Para introduzir o tema podem-se usar referências culturais, falar sobre relacionamentos modernos, usar o humor, explorar a curiosidade. O segredo é manter a conversa leve e respeitosa, sem impor opiniões. Se o grupo demonstrar interesse, pode ser uma ótima oportunidade para desmistificar o assunto.