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Como funciona um hotel liberal no Rio: sexo e nudez em áreas comuns

Jane Brito, sócia-fundadora da RioZin, falou com a coluna GENTE: 'Religiosos ou defensores da moral fazem críticas agressivas'

Por Giovanna Fraguito 13 abr 2025, 14h00

Com o aumento de casais adeptos a práticas de swing no Brasil, algumas hospedagens voltadas para atender aqueles que buscam viver a sexualidade com liberdade, chamadas de “hotéis liberais”, também tem crescido por aqui. Localizada na Praia dos Amores, na Barra da Tijuca, a pousada RioZin foi a primeira da cidade a permitir nudez e sexo em ambientes comuns. Além de promover festas temáticas à noite, piscina aquecida durante o dia, banhos de espuma, DJs e um espaço seguro para os hóspedes, casais e solteiros. Jane Brito, sócia-fundadora da RioZin, conversou com a coluna GENTE sobre as atrações ousadas da pousada e o preconceito enfrentado.

Como funciona um hotel ‘liberal’? O ambiente liberal é um espaço livre de preconceitos, onde as pessoas têm a liberdade de expressar sua sexualidade sem serem julgadas. Num hotel liberal como a RioZin, essa vivência vai além de uma simples festa. A experiência é mais imersiva, porque a pessoa se hospeda em uma suíte e geralmente passa todo o final de semana por aqui. É muito diferente de uma casa de swing, onde a pessoa vai e fica apenas por algumas horas. É um espaço onde a liberdade encontra o conforto. E tudo acontece com respeito e consentimento.

Quantos clientes costuma receber por mês? A gente recebe, em média, 180 hóspedes por mês, mas o maior movimento mesmo vem dos nossos eventos. Mais 2.000 pessoas por mês participam das festas da RioZin, seja no day use (sábado e domingo de dia) ou night use (sexta e sábado à noite).

Qual é a melhor temporada? Temos alta ocupação durante o ano todo, especialmente nos finais de semana, quando mantemos uma taxa de ocupação acima de 80%.

Qual o perfil dos clientes? Há clientes “fiéis” ao hotel? O público é bem diverso, a partir de 18 anos de idade, mas a maioria está entre 30 e 60. Metade já é recorrente, muitos nos visitam mais de 10 vezes. Temos, aliás, clientes que já vieram mais de 80 vezes nesses dois anos de funcionamento.

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Além das regras do site (o “não” deve ser sempre respeitado; e é vedado o assédio ou a prática de qualquer ato libidinoso com funcionários), existe seleção dos hóspedes? Não fazemos uma seleção formal, mas controlamos a proporção de perfis para manter o equilíbrio e o conforto de todos. Por isso, os valores para homens solteiros são mais altos do que para casais — o que ajuda a limitar esse público sem precisar restringir. Também temos três manuais com orientações específicas: um para casais, um para solteiros e um para solteiras. Recomendamos a leitura antes da visita, e no caso dos solteiros, fazemos a leitura guiada do manual na primeira visita, para garantir que a proposta da pousada seja bem compreendida.

O mercado carece de mais hotéis ‘liberais’? A ideia da RioZin surgiu da nossa própria vivência. Eu e meu marido começamos a explorar o meio liberal em 2020, viajando por destinos onde esse estilo de vida é tratado com naturalidade, estrutura e acolhimento — como nos resorts Desire e Temptation, no México, e o Hedonism II, na Jamaica. No Brasil, percebemos que faltava justamente isso: um espaço completo, que fosse além de uma balada ou casa de swing. O público liberal brasileiro estava crescendo, principalmente com o aumento do uso de aplicativos voltados a esse universo.

O Rio abriu os braços para o conceito do hotel ou vocês precisam lidar com preconceitos na vizinhança? Sim, enfrentamos bastante preconceito. Infelizmente, isso ainda é comum quando se fala de liberdade sexual… Principalmente quando quem propõe esse diálogo são mulheres. Recebemos denúncias indevidas de vizinhos, perdemos quatro contas no Instagram por excesso de denúncias, e quando uma postagem nossa extrapola a bolha liberal nas redes, os comentários negativos costumam vir em massa.

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Quem costuma atacá-los? Muitas vezes são pessoas que se dizem religiosas ou defensoras da moral, mas que fazem críticas agressivas, sem buscar entender. Existe também um grande equívoco: muitas pessoas confundem o que fazemos com prostituição, o que não tem nada a ver com a proposta da RioZin. Inclusive, a prostituição é proibida na pousada, porque o foco é a liberdade consensual, o respeito mútuo e a autenticidade nas relações.

RioZin, pousada liberal na Barra da Tijuca
RioZin, pousada liberal na Barra da Tijuca (./Divulgação)
RioZin, pousada liberal na Barra da Tijuca
RioZin, pousada liberal na Barra da Tijuca (./Divulgação)

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