Cantora explica identidade queer e analisa cenário de diversidade
Radicada nos Estados Unidos, Mariana Ma Troggian tem shows marcados em Porto Alegre

Mariana Ma Troggian é uma cantora, compositora, atriz, roteirista e ativista LGBTI+. A artista, natural de Porto Alegre, se identifica como queer e explica o que a sigla representa para ela. “Eu sou lésbica, mas adquiri tanto a estética drag no meu trabalho que minha identidade permeou outras letras, para além do L de LGBTI+. Para mim, hoje, em uma resolução bem pessoal, é tudo que não faz parte do hetero/cis”. Aos 31 anos, ela transforma em experiência artística o tempo que vive em Nova York e eleva a cultura queer na música.
A artista também comenta sobre o preconceito. “Estamos cada vez mais ocupando espaços de alta visibilidade e força. O que me deixa bem feliz. Me preocupo mais com as pessoas trans. Nós sempre sofremos ataques, mas em tempos onde as coisas avançaram muito, pessoas trans ainda são perseguidas. Eu não gosto da palavra aceitação. Ninguém tem que aceitar nada. Somos quem somos e devemos ser respeitados”.
Co-fundadora da Evoé, coletivo de mulheres que promove a cultura brasileira em Nova York, ela não pensa em voltar em definitivo para o Brasil. Em julho, porém, fará dois shows na cidade em que nasceu, nos dias 1 e 9. “Minhas referências são muitas. Cher, Gaga… Ela assinou minha perna aqui em Nova York e eu tatuei! História doida! Amo Tina Turner, Whitney Houston, Florence. No Brasil Gal Costa, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Liniker. E sou muito fã de Rita Lee”.

https://www.youtube.com/watch?v=xz2_ieteg7Y