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Associação de supermercados prevê aumento de preços sem escala 6×1

Presidente da Asserj, Fábio Queiroz justifica 'rotina dura' em supermercados por ser um serviço essencial

Por Nara Boechat 13 nov 2024, 18h54

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Erika Hilton (Psol-SP) que pede o fim da escala 6×1 tem gerado grande debate na sociedade e certa preocupação em alguns setores, em especial no comércio. Para o presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiroz, a redução da jornada de trabalho vai acarretar no aumento do custo da produção e, consequentemente, no aumento dos preços para o consumidor. “Impactando fortemente no aumento da inflação e, no fim, todos pagariam a conta”, frisa ele, em nota enviada à coluna GENTE.

Ao falar particularmente sobre o varejo supermercadista, o presidente da Asserj afirma que os supermercados são essenciais para a população e, por isso, oferecem “maior disponibilidade para o consumidor”, abrindo aos feriados e com horários mais extensos, por exemplo. “Para manter essa prontidão, empregamos muitas pessoas e vivemos uma rotina de operação muito dura. É o preço que pagamos para garantir à sociedade um serviço que vai muito além do abastecimento. Com essa mudança, esse preço será muito mais caro e, acreditem, será cobrado de todos nós”, dispara.

Queiroz considera ainda que uma consequência “gravíssima” da mudança serão as contratações informais, sem direitos ao trabalhador. “O governo, os congressistas, os trabalhadores e a sociedade devem refletir. Ao reduzir a escala para 4×3, haverá um corte de 33% na força de trabalho. E aí, a solução seria reduzir o salário proporcionalmente? Porque o custo do trabalho ficaria mais caro e a conta, no fim, precisa fechar”, conclui.

O presidente do Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Rio de Janeiro (HotéisRIO), Alfredo Lopes, também se mostrou contra à proposta, em conversa com a coluna. “Não foi feito um estudo de um impacto na economia. Se você reduzir a jornada de trabalho e não reduzir a remuneração, isso pode ter um impacto muito negativo na economia”, opinou.

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