As únicas mulheres à frente de escolas de samba do Carnaval do Rio
Presidentes da Imperatriz Leopoldinense e Mangueira se destacam em um meio dominado por homens

Em um meio dominado por homens, algumas mulheres conseguem impor sua presença no Carnaval, mas não como musas ou rainhas de bateria de escolas de samba, e sim à frente destas. É o caso de Cátia Drumond. Filha do ex-presidente da Imperatriz Leopoldinense Luizinho Drumond, ela assumiu a escola quando o pai morreu, em 2020, e foi reeleita em 2024. Para Cátia, a “nossa personalidade” feminina supera obstáculos. “É uma missão e tanto. Afinal, estar nesse cargo que por tantos foi do meu pai, e continuar esse legado de mais de 50 anos na escola, não é uma tarefa fácil. Mas, ao mesmo tempo, por quase 30 anos estive ali, junto dele, trabalhando no barracão da escola e aprendendo sobre o ‘fazer Carnaval’. Isso me proporcionou uma bagagem para chegar onde estou agora”, diz Cátia em conversa com a coluna GENTE.
Primeira mulher eleita presidente da Estação Primeira de Mangueira, Guanayra Firmino tem uma história antiga, de vida como diz, na agremiação. “Comandar a Mangueira, essa escola que faz parte da minha vida, da minha história e da minha ancestralidade é algo muito, muito especial, mas é acima de tudo uma honra”, diz ela, eleita em 2022. Nascida no Morro da Mangueira, Guanayra é filha da presidente da Velha Guarda da escola, Emergenilda Dias Moreira, a Dona Gilda, e de Roberto Firmino, presidente de 1992 a 1995.