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‘As pessoas me perguntam se estou de calcinha’, diz ator de ‘Tremembé’

Kelner Macêdo conta à coluna GENTE como foi interpretar Cristian Cravinhos e comenta sobre assédio após série da Prime Video

Por Nara Boechat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 nov 2025, 12h05 - Publicado em 16 nov 2025, 08h00

Um dos maiores fenômenos de 2025, Tremembé explodiu nas redes logo após sua estreia no fim de outubro e reacendeu a febre pelo formato true crime. Entre os inúmeros elogios, um bastidor curioso – a história de Cristian Cravinhos usando uma calcinha – virou polêmica, provocando até uma troca de versões entre o condenado e o autor da série, Ullisses Campbell. Quem dá vida a esse momento controverso na tela é Kelner Macêdo, 30 anos, nascido em Rio Tinto, cidade de cerca de 20 mil habitantes no interior da Paraíba. Em conversa com a coluna GENTE, o ator explica como construiu o personagem inspirado num dos assassinos do casal Richthofen, avalia as controvérsias da produção e conta, entre risos, como lida com o assédio: “As pessoas me param na rua e perguntam se eu estou de calcinha”.

Leia também: ‘Eles cometeram crimes, mas continuam humanos’, diz autor de Tremembé

Como começou a sua história? Como você chegou até aqui? Comecei a trabalhar aos 12 anos. Passei por padaria, cobria eventos filmando e fotografando, fazia animação de festa infantil vestido de boneco “cabeção”. Quando acabou o ensino médio fiz metade do curso de psicologia. Uma professora virou para mim e disse: “Você é ator, né?”. Aquilo mexeu comigo. Fiz um curso de férias, me apaixonei e nunca mais parei. Passei no vestibular da Federal para teatro, tranquei psicologia e segui. A partir disso vieram Sob Pressão, filmes e tudo foi crescendo até chegar em Guerreiros do Sol (2025, Globoplay) e Tremembé.

Como foi o processo de preparação para interpretar Christian Cravinhos?  Foram dois meses me preparando todos os dias. A história parte de um crime terrível, então eu precisava criar o imaginário dessa violência e entender o trauma que isso gera. O Cristian é um corpo desejante, um pavão – alguém aberto para a vida – e, ao mesmo tempo, uma pessoa capaz de matar alguém a pauladas enquanto dorme. Trabalhar essas contradições dentro de uma única figura foi um dos maiores desafios.

A construção física do personagem chama atenção. Como chegou a esse “corpo pavão”? Uma imagem me marcou muito: quando eles foram presos, o Cristian aparece sem camisa, de peito aberto, queixo erguido. Observei entrevistas, o jeito de falar, a forma de se portar. Trouxe um personal trainer para me ajudar a construir um corpo que fugisse do meu.

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E precisou se afastar dos seus julgamentos pessoais sobre o crime? Totalmente. Eu tinha oito anos na época, mas lembro claramente do passo a passo da investigação, julgamento, tudo. Precisei me desligar dessas memórias para interpretar alguém com complexidade e profundidade, sem moralizar.

Chegou a visitar Tremembé? Não. Não tive contato com ele e nem fui ao presídio. Os livros do Ulisses foram a base para termos uma visão geral. Além disso, vi tudo que existia na internet: entrevistas, vídeos, trechos do julgamento, documentários criminais. Foi quase uma obsessão.

A cena da calcinha virou um fenômeno nas redes. Você esperava essa repercussão? Sabia que seria polêmico. Quando li no teste, dei uma gargalhada. Não acreditava que aquilo tinha acontecido de verdade. Fui descobrir os detalhes lendo o Ulisses. A gente tentou construir a cena como um jogo: primeiro parece que ele vai contestar, e de repente vira tudo. E tivemos preparadora de intimidade, então conversamos muito sobre limites e segurança.

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Existe limite ético ao retratar histórias reais? Sempre tem. Há vítimas e familiares vivos. Mas houve muito cuidado da direção: não mostrar violência direta, manter a câmera no agressor, e nunca na vítima. Houve preocupação real em como transformar essa história em linguagem, com respeito.

Enxerga alguma romantização na série? Isso parte de quem assiste. É uma obra de ficção com um recorte dramático específico. Não transforma ninguém em herói. A confusão acontece quando as pessoas misturam a admiração pela entrega dos atores com a figura real. A trilha sonora da Suzane, por exemplo, é sua narrativa interna. Ela é sedutora e manipuladora. Cabe ao público cair ou não. Humanizar não é romantizar. Eles são humanos – e o ser humano é capaz de cometer atos terríveis como matar.

E como está o assédio dos fãs depois de Tremembé? As pessoas estão vindo com carinho falar do meu trabalho, me elogiando. Mas o que mais me perguntam é sobre a calcinha. As pessoas me encontram na rua e perguntam se estou de calcinha. Uma vez falaram: “Eu estou com uma calcinha de renda bem pequenininha, tá?” (risos).

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Quais são seus próximos projetos? Acabei de filmar Fúria, série nova da Netflix, sem data de estreia ainda. É sobre o universo do MMA. Interpreto um lutador, que também foi um trabalho muito intenso corporal. Outro desafio físico: treinávamos oito horas por dia.

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