As curiosas referências da cidade cenográfica de ‘No Rancho Fundo’
Cenógrafa Anne Bourgeois explica a VEJA detalhes da próxima novela das seis
Para a construção da cenografia de No Rancho Fundo, nova novela das 6 da TV Globo que estreia na segunda-feira, 15, a equipe liderada pela cenógrafa Anne Bourgeois reuniu referências de viagens a cidades do Norte e Nordeste. Tudo para dar vida a um sertão de casas coloridas e emolduradas pelas platibandas, característica arquitetônica comum no interior dessas regiões do Brasil. “Temos uma fábula, então existe a liberdade para construir esse lugar que não existe, mas que, ao mesmo tempo, carrega essa estética tão comovente que há no coração do nosso país”, explica Anne. Mais abaixo, fotos adiantadas pela emissora com exclusividade para a coluna VEJA GENTE.
Construído nos Estúdios Globo, no Rio, o distrito de Lasca Fogo – como é chamada a localidade onde se passa a história de Mario Teixeira – foi o ponto de partida do projeto cenográfico. A casa que abriga os Leonel Limoeiro, motivo de orgulho da família, é inspirada em residências coloridas de Pernambuco e está em uma área de cerca de 3,5 mil metros quadrados, por onde também estão a vegetação típica e os animais da família. O produtor de arte Guga Feijó explica que a casa dos Leonel Limoeiro (o patriarca é vivido por Alexandre Nero) foi conceituada a partir de simplicidade e encantamento.
Ocupando 6,7 mil metros quadrados de área nos Estúdios Globo, está a cidade cenográfica de Lapão da Beirada, com sua “arquitetura inacreditável”, na definição de Anne. Maior símbolo da face cosmopolita da cidade, o Grande Hotel São Petersburgo conta com referências europeias e um misto de estilos: lobby, bar, porta giratória, jardim externo e uma decoração marcante. Para Guga Feijó, trata-se de um hotel boutique, marcado pelo requinte, que reforça a atmosfera fantástica da história. O hotel está na agitada rua Vileganhon, inspirada em cidades históricas tombadas, onde se pode visitar lojas sofisticadas em prédios antigos. A cidade de Paraty, no sul fluminense, por exemplo, é uma dessas referências. Na Vileganhon, construções com pintura caiada, placas luminosas e cores fortes “enfeitiçam” seus consumidores.