A polêmica envolvendo Jim Caviezel, estrela de ‘Som da Liberdade’
A teoria conspiratória do filme é que há rede mundial de traficantes sexuais de crianças

Filme de maior bilheteria no Brasil no último fim de semana, Som da Liberdade foi financiado por investidores independentes e tem sido associado por críticos ao movimento americano QAnon. Segundo este grupo, políticos como Donald Trump estariam travando uma “guerra secreta” contra pedófilos adoradores de satanás que supostamente ocupariam cargos no alto escalão do governo em vários países, inclusive Estados Unidos, além de ocuparem cargos de comando em empresas e na imprensa. Pois é. Como se não bastasse, a estrela do filme, Jim Caviezel, de 55 anos, participou de uma conferência temática QAnon em 2021 e apareceu várias vezes no podcast de Steve Bannon, que recentemente disse que o QAnon é “uma coisa boa”.
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É tanta sandice numa teoria só que é difícil até de imaginar que alguém leva isso tudo a sério. Mas veja só: a produção, distribuída no Brasil pela Paris Filmes, teve público de 521.300 pessoas entre os dias 28 de setembro e 1º de outubro e bilheteria de 7,27 milhões de reais, de acordo com dados da consultoria Comscore. A principal estreia da semana, Jogos Mortais X, ficou em segundo lugar, levando 367.500 pessoas aos cinemas brasileiros.
Ainda a respeito das polêmicas envolvendo Jim Caviezel, ele foi atingido por um raio na Itália enquanto filmava uma cena da produção The Passion Of Christ (A Paixão de Cristo), de Mel Gibson, na qual interpretou Jesus Cristo. Para os mais religiosos, um recado e tanto… Dezessete anos após o lançamento da produção, de 2004, Caviezel apareceu apenas em quatro filmes – nenhum de grande repercussão internacional: Déjà Vu (2006), Outlander: Guerreiro vs Predador (2008), Na Mira dos Assassinos (2012) e Rota de Fuga (2013). Com Som da Liberdade, volta a fazer barulho. Há de se aguardar se um raio cai duas vezes no mesmo lugar.